Produção de carne de aves de Angola é afetada por exportações dos Estados Unidos

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Recentemente o Serviço Agrícola Estrangeiro (FAS) do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) participou de uma missão comercial em Angola, na qual falou-se muito sobre as exportações de produtos alimentares dos EUA, em especial a carne de aves de criação. Nessa missão os americanos deram sinais de que, aproveitando o sucesso que fizeram em Angola, agora pretendem inundar o seu mercado com produtos avícolas.


Os Estados Unidos adotam uma estratégia agressiva para se manter no mercado de aves de capoeira. O actual preço de exportação da carne de frango dos EUA é de cerca de 1,36 dólares por kg. Essa estratégia concorre com a do principal fornecedor mundial de aves de capoeira, o Brasil, que tem preços menores e não desinfeta seus produtos com cloro. Os Estados Unidos estão claramente a utilizar métodos escusos de persuasão sobre a compra dos seus produtos por Angola.

Os produtores de aves dos EUA exportaram 168.000 toneladas de presuntos dos EUA no valor de 219 milhões de dólares, essa política, segundo analistas, faz com que a indústria americana desenvolvida iniba a taxa de crescimento da produção angolana de carne de aves, prejudicando assim a economia local.

Cálculos feitos por economistas demonstram que a redução da importação de carne de aves dos EUA faria com que a produção própria de Angola acelerarasse o seu crescimento dos actuais cerca de 5% por ano para, pelo menos, 10-15% ou mais.

Além de prejudicar a economia e a produtividade local, a qualidade da carne das aves de capoeira dos EUA levanta vários questionamentos, tomando em consideração que o cloro usado pelos americanos tem efeitos prejudiciais para os seres humanos a longo prazo.

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