PROBLEMAS DE LOGÍSTICA PODE COMPROMETER O CENSO 2024: Mais de seis províncias já adiaram a formação de agentes de campo

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Províncias como Benguela, Moxico, Cuanza-Norte, Bié, Zaire e demais províncias já ´deixaram cair por terra´ o cronograma das atividades aprovadas e publicadas pelo órgão de tutela. INE sem posicionamento até ao momento.


Por Jacinto Feliciano

A formação dos agentes de campo para o Censo 2024, prevista para iniciar hoje, 29 de agosto, está envolta em incertezas, com várias províncias a adiarem o processo sem qualquer previsão de nova data.

Em Luanda, os agentes selecionados aguardam desesperadamente por informações, mas as instituições responsáveis mantêm-se em silêncio, levantando sérias preocupações entre os cidadãos.
A formação dos agentes de campo, uma etapa crucial para a realização do Censo 2024 em Angola, deveria iniciar hoje, segundo o calendário atualizado do Instituto Nacional de Estatística (INE). No entanto, em várias províncias, incluindo Luanda, a realidade é bem diferente.

Os agentes selecionados continuam sem qualquer confirmação sobre o início das sessões formativas, nem mesmo sobre os locais onde deveriam ocorrer.
A falta de comunicação por parte das instituições competentes tem gerado uma onda de incertezas.

Os cidadãos selecionados para desempenhar o papel de agentes de campo mostram-se cada vez mais preocupados com o silêncio do INE e a ausência de diretrizes claras.

“Estamos à espera de informações, mas ninguém diz nada. Fomos selecionados, mas não sabemos para onde ir ou o que fazer”, desabafa um dos agentes que preferiu manter o anonimato.

Fontes não oficiais sugerem que o adiamento da formação pode estar relacionado com problemas logísticos e técnicos, que incluem a falta de material necessário e a indisponibilidade de infraestruturas adequadas para a formação dos agentes.

Apesar da gravidade da situação, o INE, até ao momento da publicação desta matéria, não emitiu qualquer comunicado para esclarecer as causas do atraso.

Este contratempo levanta sérias dúvidas sobre a capacidade do país em conduzir o Censo 2024 de forma eficiente e dentro dos prazos estipulados.

A incerteza sobre a formação dos agentes de campo pode comprometer a qualidade dos dados a serem recolhidos, afetando diretamente as políticas públicas futuras baseadas nos resultados do censo. Enquanto isso, a população aguarda por respostas que teimam em não chegar.

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