Presidente JLO inaugura no Huambo o primeiro centro cultural multidisciplinar

0

A população da província do Huambo conta desde hoje, sexta-feira, com um centro cultural multidisciplinar moderno para a promoção e divulgação da diversidade cultural do país, inaugurado pelo Presidente da República, João Lourenço.


Após a entrega oficial aos beneficiários, o Chefe de Estado percorreu, demoradamente, as dependências da infra-estrutura, implantada numa área de três hectares, na confluência entre as avenidas Norton de Matos, do Granja e a rua que desce em direcção ao largo Deolinda Rodrigues, na cidade Alta.

O centro cultural, considerado a “Catedral de Artes angolanas”, foi baptizado com o nome do escritor, poeta e político Manuel Rui Monteiro, nascido a 04 de Novembro de 1941, na província do Huambo.

Rui Monteiro, autor de contos, poesias, romances e obras de teatro, é co-autor da letra (música de Rui Vieira Dias Mingas) que compõe o hino nacional Angola Avante.

Enquanto estudante, foi activista cultural da Casa dos Estudantes do Império, participou em acontecimentos literários e políticos, tendo sido preso por dois meses em Portugal. 

Publicou, entre outras, as obras “O Regresso Adiado”, “Memória de Mar”, “Sim, Camarada!”, “Quem me Dera ser Onda”, “Crónica de um Mujimbo”, “1 Morto & Os Vivos”, “Rio Seco”e “Da Palma da Mão”. 

O Presidente da República, João Lourenço, saudou, na ocasião, o homenageado (Manuel Rui Monteiro), que ficou emocionado pelo gesto.

O centro cultural possui três cine-teatros, com 500, 150 e 100 lugares, respectivamente, duas salas de conferências, um espaço para apresentação de trabalhos de arte, literatura e música, duas salas de artes plásticas e artesanato e uma de exposições.

Comporta, ainda, duas salas de dança, onde os professores terão a oportunidade de ensinar os principais estilos ancestrais do país, como o olundongo, okatita, elissemba, semba e tchianda.

Conta, igualmente, com 11 lojas de especialidades artísticas e culturais, dois restaurantes top de gama, um dos quais no seu 2º piso, com vista para a parte Alta da cidade, dois cafés voltados para a zona Baixa da urbe, áreas de apoio aos actores e músicos durante as suas exibições em palco e duas salas para aula de canto, com a execução dos instrumentos musicais ancestrais, com destaque para o quissange, marimba, dicanza e puita.

O Centro possui um bar, posto policial, uma geladaria, parque infantil, loja de venda de bebidas, duas salas multifunções, um pátio aberto com um palco para espectáculos musicais, com uma capacidade para mais de seis mil espectadores, apoiado um restaurante a céu aberto e uma pedonal coberta, que ligará a infra-estrutura ao Jardim da Cultura.

A parte do antigo Palácio de Vidro que está dentro do perímetro manteve e serve, agora, como área administrativa.

A cobertura do centro se configura como um fumo que sai da chaminé de uma locomotiva, pintada com as cores da Bandeira Nacional, em reconhecimento ao contributo do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) na promoção do desenvolvimento social, económico e cultural.

Arquivo provincial do Huambo, a par do antigo Palácio de Vidro, a Biblioteca pública “Constantino Camõli”, no interior do Centro Cultural, foi transformada em Arquivo provincial, com a disponibilização de documentos de carácter arquivístico, que retratam a vida social e económica da província do Huambo.

Primeira Cacimba

O centro cultural preservou os factos históricos da província e da área, com a requalificação da primeira cacimba do Huambo, com 25 metros de profundidade, erguida na época colonial.

A primeira cacimba, enquadrada dentro da nova estrutura, cuja água contribuiu na construção desta imponente obra, vai sustentar os vários espelhos de água espalhados na parte interna e externa do centro e alimentar o consumo de uma parte da instituição, como uma forma de manter firme a história da cidade do Huambo.

Gestão do espaço

O espaço vai ter um estatuto de Instituto Público, com uma gestão independente, subordinada ao gabinete da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, com uma administração nomeada, com quadro de pessoal próprio e com quatro departamentos.

O acesso às salas vão ser pagas, os fazedores de cultura terão acesso naquelas salas para realizar várias actividade, mas pagando.

Vão comparticipar, obedecendo às regras da equipa gestora da instituição.

Fonte: ANGOP

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Translate »