População e comerciantes em Cabinda pedem ao Presidente da República um estatuto especial nos transportes aéreos

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Cabinda é a única província de Angola que o seu acesso carece de voos ou barcos. Com a entrada em vigor da Covid-19 em Março de 2020, os cidadãos atravessam várias dificuldades e, nos últimos tempos, para sair de Cabinda para Luanda o cidadão é obrigado agendar a viagem num prazo de três meses.


Por Isidro Kangandjo

 

Tendo em conta os transtorno que essa ordem causou, os passareiros registam o escassez da TAAG ou seja, muitos alegam que o Conselho Administrativo da TAAG pouco ou nada está interessado em melhoria de mobilidade da população de Cabinda para as restantes províncias do país, por isso, clamam ao Presidente da República João Lourenço para que se formule um estatuto especial em termo de transporte.

Amélia Mingas, líder da LINAC – Liga dos Naturais e Amigos de Cabinda, respondendo o PCE da TAAG Rui Carreira, por este ter respondido um vídeo sem antes apurar o assunto em causa, aproveitou lançar o repto à todos entes que têm o poder de decisão a resolverem a problemática da escassez de voos para Cabinda.

“Este povo não tem outra via legal e segura de exercer o seu direito de ir e vir, de Cabinda para o resto do país lutar a vida para o sustento dos seus e outras necessidades sócio-económica. Haja sensibilidade com este povo. Lanço um apelo ao Presidente da República João Lourenço, Ministro dos Transportes Ricardo D’Abreu, Ministra das Finanças Vera Daves a olharem para esta situação com alguma empatia. Não é normal que para um cidadão viajar dentro do espaço nacional tenha que agendar a viagem com 2 ou 3 meses de antecedência, como é que se vai fazer crescer a economia deste local? Como é que vamos cumprir com os nossos hábitos e costumes de enterrar na sua terra natal o nosso ente que parte para eternidade?”, questionou a líder da Liga dos Naturais e Amigos de Cabinda.

No dia 22 de Junho de 2020, Ricardo D’Abreu, que falava na cerimónia de apresentação do novo Conselho de Administração do Porto de Cabinda, reconheceu que para reduzir o constrangimento da população e dos empresários que operam em Cabinda, passa, necessariamente, pela conclusão das obras do Terminal Marítimo de Passageiros, do Quebra-Mar e do Porto de Águas Profundas de Caio.

Segundo o Ministro dos Transportes, fez saber que estes projectos estruturantes visam aproximar, cada vez mais, a província de Cabinda com o resto do país e melhorar a situação social da população”, referiu Ricardo D’Abreu, reconhecendo que só com estas infra-estruturas a província poderá conhecer um desenvolvimento económico sustentável.

Passado um ano, os projectos referidos pelo Ministro estão parados e outros com o nível de execução muito baixo, uma situação que deixa a população sem esperança. Segundo José António Bazonga, entende que enquanto as obras do Terminal Marítimo de Passageiros, do Quebra-Mar e do Porto de Águas Profundas de Caio demoram, o Ministério teria convencido a Direção da TAAG para aumentar a frota e reduzir a burocracia que, a seu ver, deixa Cabinda muito longe de outras províncias só em termo de ligação.

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