Peritos africanos na China reconhecem papel de João Lourenço

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O papel exercido pelo Presidente da República, João Lourenço, no processo de pacificação e resolução do conflito na Região dos Grandes Lagos, com incidência para a RDC, foi reconhecido pelas delegações de países africanos presentes na Reunião de Peritos do Fórum de Cooperação China – África (FOCAC), que decorre em Beijing, República Popular da China.


A informação foi avançada ontem, ao Jornal de Angola, pelo embaixador angolano naquele país asiático, João Salvador dos Santos Neto, que chefiou a delegação de Angola naquela Reunião de Peritos, realizada no Centro de Convenções de Beijing.Durante o encontro, disse o diplomata, os países africanos presentes na reunião deixaram muito bem vincado o reconhecimento de que a proposta concreta de acordo de paz duradoura e definitiva para o conflito no Leste da RDC, apresentada pelo Presidente João Lourenço, enquanto mediador designado pela União Africana, se revelou fundamental para o cessar das hostilidades.

O embaixador João Salvador dos Santos Neto afirmou, na ocasião, que Angola conhece muito bem o valor da paz e prima para que as nações de todo o mundo cultivem este bem muito precioso, de modo a que mais nenhum conflito possa representar motivo de preocupação mundial.

De igual modo, o diplomata informou, na mesma reunião, sobre a assinatura do cessar-fogo em Luanda, na sequência de um processo negocial, também acordado em território angolano, entre as delegações dos ministros dos Negócios Estrangeiros da RDC e do Rwanda, visando o acordo de paz definitivo.As delegações africanas à Reunião de Peritos do Fórum de Cooperação China -África, de acordo ainda com João Salvador dos Santos, deixaram transparecer que seguem com particular atenção as incidências do processo de mediação de Angola, em que o Presidente João Lourenço assume papel principal, fazendo jus à designação a si atribuída, de Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação em África e mediador designado pela União Africana.

Sob a mediação de Angola, esteve em evidência a 3ª Sessão da Reunião Ministerial, no âmbito do Processo de Luanda, na sequência do cessar-fogo estabelecido no Leste da RDC, celebrado a 4 de Agosto último, em Luanda.Na ocasião, o Presidente João Lourenço destacou, durante a intervenção na Cimeira da SADC, em Harare, Zimbabwe, que o país, no seu papel de mediador, submeteu ao Rwanda e à RDC um projecto de acordo de paz, que está a ser apreciado por ambos, discutido e negociado entre as delegações ministeriais dos dois países, na presença de Angola.

A necessidade de paz e segurança na região da SADC, disse ainda o Chefe de Estado, é um assunto ao qual os Estados-membros empreendem um esforço colectivo, para manter o clima de tranquilidade que, de um modo geral, prevalece na África Austral, embora se mantenha, ainda, o conflito no Leste da RDC, que constitui um desafio ao qual Angola tem vindo a fazer face, com perspectivas animadoras.”Tendo em conta os entendimentos alcançados sobre o cessar-fogo nessa região, entre a República do Rwanda e a RDC, em vigor desde o dia 4 de Agosto, vamos trabalhar no sentido de serem dados passos concretos para a negociação e assinatura de um acordo de paz definitivo”, disse, na altura, o Presidente da República.

Delegação angolana na ChinaA delegação oficial de Angola à Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do FOCAC, a decorrer na China, é chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, e integrada pelos ministros dos Transportes, Ricardo d’Abreu, da Agricultura e Florestas, António de Assis, da Indústria e Comércio, Rui Miguêns de Oliveira, da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias, pelo secretário do Presidente da República para a Reforma do Estado, Pedro Fiete, e pelo embaixador na China, João Salvador dos Santos Neto.

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