Para combater o crime cidadãos clamam por maior aproveitamento das valias do Comandante “Bazuca”
Nos últimos tempos, depois de ter realizado um trabalho considerado exitoso pela população do município de Belas, o Superintendente-chefe Pedro de Miranda “Bazuca”, como que anda “ofuscado” e a sociedade exige que seja melhor aproveitado no combate à alta criminalidade vigente no país.
As mexidas efectuadas recentemente, no dia 04 de Janeiro corrente, pelo Presidente da República, João Lourenço, nas chefias dos órgãos de Defesa e Segurança (Forças Armadas, Polícia Nacional e Serviço de Investigação Criminal), ao substituir e reformar alguns altos oficiais, continua a ser motivo para diversas opiniões.
Em meios da sociedade civil, na generalidade, considera-se incompreensível a forma e/ou os motivos como são “descartados”, ou seja, como passam à reforma experientes Oficiais Comissários, Oficiais Generais e Almirantes. Devido ao elevado nível de criminalidade que existe na sociedade angolana, com destaque para Luanda, onde os assassinatos, são cometidos de forma descarada e sem temor das autoridades, como prova a morte, esta semana, do sociólogo e académico Laurindo Vieira, Reitor da Universidade Gregório Semedo, assassinado a tiro em plena via pública durante um suposto assalto, deveria haver mais ponderação e visão estratégica ao decretar-se a passagem à reforma de Oficiais Comissários da Polícia Nacional experientes e de reconhecida competência.
Segundo especialistas, “embora essa medida, entre outros actos ligados às carreiras militares, tenha sido tomada nos termos da Constituição, apoiada na Lei dos Postos e Distintivos da Polícia Nacional e da Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas, depois de ouvido o Conselho de Segurança Nacional, a sociedade não aprova a forma como se ‘deita fora’ gente experiente, competente e sábia”.
Ao reformarem-se oficiais de alta competência, experientes comandantes, mestres em ciências policiais, jurídicas e investigação criminal, como os Comissário-chefes Elizabeth Maria Ranque Franque, Eduardo Fernando Cerqueira, António Maria Sita, António Vicente Gimbe, Alfredo Quintino Lourenço, Mário Augusto de Oliveira Santos e muitos outros, entre comissários, subcomissários, superintendentes, etc, estes devem ser substituídos por quadros mais jovens, porém de reconhecida valia e responsabilidade.
A este propósito, diante do cenário de alta criminalidade que se regista em Luanda, assim como em outros centros urbanos, os cidadãos pedem que se valorize mais os quadros existentes tanto na Polícia Nacional como no SIC, que andam subaproveitados, em cargos que não têm nada a ver com a sua formação e competência, como por exemplo o de conselheiro.
Não se compreende que um exímio operativo, mesmo com provas dadas, por razões de intrigas, de interesses obscuros, sejam remetidos à condição de conselheiros. Nos últimos dias, os habitantes de Luanda, questionam sobre o comandante “Bazuca” e critica o ministro do Interior, general Laborinho e o Comandante-geral da Polícia pelo ofuscamento deste popular oficial.
Desde que foi nomeado comandante municipal de Belas, em 2021, o trabalho efectuado naquela circunscrição pelo comandante “Bazuca” mereceu aplausos dos cidadãos, pois, desde que assumiu aquele posto, trabalhou com a população na prevenção e combate à criminalidade, assim como na manutenção da ordem pública. Realizando diversas operações, neutralizou grupos de criminosos, prendeu diversos delinquentes, recuperou armas de fogo e diversos bens roubados aos cidadãos, tais como motorizadas, viaturas, telemóveis, televisores e outros bens de uso doméstico.
Recorde-se que, quando o Superintendente-chefe Pedro de Miranda “Bazuca” assumiu o posto de comandante da Polícia Nacional no município de Belas, a corporação passou a ter outra postura operacional, efectuando diversas operações para manter a ordem e a tranquilidade dos cidadãos, fazendo respeitar a lei.
Em relação às operações realizadas em toda extensão do território do município de Belas, o comandante “Bazuca” garantia não dar tréguas aos marginais, procedendo à revistas a meios rolantes, “porque a maior parte dos assaltos são cometidos por indivíduos que circulam em motorizada ou em viaturas ligeiras”, dizia, acrescentando que não seriam tolerados desrespeitos.
“Os cidadãos podem estar tranquilos, pois tudo estamos a fazer para garantir e manter a ordem e a tranquilidade públicas. Não iremos dormir, se o bandido madrugar”, afirmou. Por altura da Covid-19, Pedro de Miranda “Bazuca”, entre as diversas operações realizadas em prol da ordem e tranquilidade dos cidadãos, teve um desempenho positivo ao fazer respeitar os decretos presidenciais por causa da pandemia, chmando a atenção para os grandes riscos de se ignorar as orientações do Executivo em relação à Covid-19, incentivando aos cuidados e a observação das medidas de bio-segurança.
Além do município de Belas, Pedro de Miranda “Bazuca” desempenhou outros cargos na corporação e passou por outras localidades da província de Luanda, tendo o seu trabalho sido sempre excelente.
O comandante “Bazuca” tem referido que no seu trabalho, o sucesso das operações “não nos traz vaidade, mas sim aumenta a nossa responsabilidade, pois, servir a população é nosso desiderato”. É de oficiais desta fibra que a sociedade necessita para combater, destemidamente, a criminalidade que está por demais assanhada.
Fonte: Jornal 24 horas