“Ocorridos três anos 500 mil fiéis da IURD podem voltar a cultuar nos templos” garante Bispo Alberto Segundo


                                                             

Com absolvição dos crimes que na qual foram acusados os Pastores António Miguel Ferraz, Belo Kifua Miguel e Fernandes Henriques Teixeira assim como a conversão em multa da pena de prisão do ex-líder espiritual da IURD em Angola, o Bispo Honorilton Gonçalves, Bispo Alberto Segunda fez saber ontem ao Factos Diários que, em breve, os fiéis poderão usar os templos aguardando assim a resposta documental do Tribunal da Comarca de Luanda.
                                                                       


Por Isidro Kangandjo

O julgamento do conhecido caso Igreja Universal do Reino de Deus em Angola, ocorrido no Tribunal Provincial de Luanda, que começou no dia 18 de Novembro de 2021, chegou esta sexta-feira, 31, ao seu término.


Arguido Honorilton Gonçalves, responsabilizado pelo crime de violência doméstica por ficar provado que orientou bispos e pastores a coagirem os queixosos a praticarem vasectomias, foi condenado a desembolsar 46 milhões e quinhentos mil kwanzas repartidos por 15 milhões de Kwanzas do ofendido Jimy Inácio, 30 milhões a Alfredo Faustino e  1,5 milhões de Kwanzas de taxa de justiça.

O juiz de causa DR. Tuttre António, quanto ao património da Universal que foram apreendidos,  o Tribunal ordena a restituição bem como o desbloqueamento das contas da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola. Esta iniciativa é louvada pela liderança que viram muitos constrangimentos durante os três anos.
                                                           

“Foi uma bênção e vitória porque até agora não se provou absolutamente nada do que eles vêm sidos acusados e temos a certeza de que o segundo passo será a reabertura dos templos. Ocorridos três anos de luta, temos fé que mais de 500 mil fiéis da IURD podem voltar a cultuar nos templos”, disse o Bispo Alberto Segunda.

Se justifica a multa aplicada pelo Tribunal?
                                                 

Questionado o Bispo Alberto Segundo sobre a multa aplicada pelo Tribunal da Comarca de Luanda, justificou que em termo de culpas, o Bispo Honorilton Gonçalves não tem nada a ver com crime de violência doméstica porém deixa que a justiça prevaleça.
                                                 

  “Sobre o caso, o Juiz foi claro quando diz que por conta da hierarquia, apesar Dele não ser, na altura, o responsável da IURD em Angola, ainda assim o Tribunal entende que pelo facto dele estar em Angola e Moçambique e achar que o Bispo comandava os países da PALOP, foi lhe atribuído a responsabilidade de indemnizar. Se assim o Tribunal entendeu, não podemos fazer nada e resta-nos apenas cumprir”, disse.                                       

Sobre o encontro que o Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente juntamente com o INAR pretende efectuar com as igrejas em divergências, Alberto Segundo disse que estão prontos para o diálogo com as autoridades angolanas, porém descarta a possibilidade dos Bispos que protagonizaram o ódio entre irmãos voltarem a exercerem as suas funções por violações de princípios doutrinários.


 Visão do advogado Hélder Chihuto sobre a sentença do caso IURD

“O Tribunal me está a dizer que o Bispo em causa é inocente, logo, ao ser este o entendimento, seria bem melhor se não condenasse ninguém, e declarava haver prova insuficientes, arquivava o processo, e deixava que o resto da quezília, fosse dirimida a luz do Tribunal da sala do cível e administrativo jurisdição competente em razão da matéria para mitigar o conflito decorrente da disputa do património da IURD”, rematou.

De lembrar os arguidos estavam acusados pelos crimes de, burla por defraudação, branqueamento de capitais, associação criminosa, violência doméstica e expatriação de divisas. 

Dentre esses crimes, os queixosos conseguiram de comprovar apenas um crime de violência doméstica ou seja, de vasectomia.

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