Calma e serena, Marcelina Mantila deixou de frequentar o Colégio no bairro 28 de Agosto, com medo de sofrer ameaças e discriminação por parte dos colegas. A adolescente começou a ter um comportamento estranho, demonstra sentimentos românticos por meninas, e os colegas passaram a lhe chamar de lésbicas e ninguém queria estar ao lado dela.


Este cenário passou a ser mais complicado para a família, porque a filha de 15 anos, foi agredida mais de três vezes pelos colegas, mesmo depois de o pai Venâncio Mantila, procurar explicações do colégio.


“Por causa destas agressões que a menina está a sofrer tivemos de trocar de colégio, mas como ainda vivemos aqui, ela ainda sofre agressões verbais constantemente. Já fizemos queixa na polícia porque as pessoas que são autoras destas insinuações estão identificadas”, disse Venâncio Mantila.


Preocupado pela situação que a filha está a passar, Venâncio Mantila sublinhou que, durante algum tempo, as agressões verbais e físicas tinham diminuído devido à intervenção da comunidade, mas actualmente a situação piorou e a filha não sai de casa sozinha com medo de sofrer ameaças. E acrescentou que por este motivo pretende imigrar para um país onde possa ser aceite sem sofrer discriminação e viver normalmente e que possa frequentar os estudos.

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