O saqueador da coisa pública pode ficar dez anos ao lado do todo-poderoso

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Edeltrudes Maurício Fernandes Gaspar Costa, Ministro e Director do gabinete do Presidente da República, acusado de ter uma vida luxuosa que não corresponde com a sua fonte de rendimento enquanto funcionário público, foi outra vez reconduzido pelo Presidente João Lourenço. Se tudo correr bem, o homem que faz parte da lista de elementos que saquearam a coisa pública poderá ficar dez anos no Palácio Presidencial.


Por Amélia Rosa

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Em 2020, a televisão portuguesa TVI denunciou que Edeltrudes Costa havia construído uma fortuna que não é compatível com as suas funções no Governo. No ano seguinte, o procurador-geral da República, Helder Pitta Grós, disse que se estava “apurar dados para investigar”. De lá para cá, apenas silêncio. Este silêncio veio mostrar ao mundo de que o combate à corrupção, apesar de ter avanços significativos, ainda é visível haver pessoas intocáveis.

Edeltrudes Costa foi secretário-geral de José Eduardo dos Santos com função de ministro de Estado e chefe da Casa Civil. A TVI24 relata que teve acesso a extractos bancários que mostram que esta teria, em bancos portugueses, o equivalente a 20 milhões de euros, apesar de nunca ter ocupado oficialmente cargos que lhe rendessem grandes fortunas.

A fortuna teria sido usada para comprar a casa em Cascais no valor de 2,5 milhões de euros – que não é o nome da ex-mulher de Costa e presidente do Conselho de Administração da EMFC.

O chefe de Gabinete de João Lourenço também comprou um barco de passeio em Portugal no valor de 130 mil euros e um apartamento de luxo numa propriedade do presidente norte-americano Donald Trump, no Panamá.

Segundo a reportagem, o recurso utilizado para a esta última aquisição teria passado pelo Banco Espírito Santo, na Zona franca da Madeira, que é o elemento que Isabel dos Santos optou por destacar no seu tweet.

O banco central português teria investigado as transferências envolvendo a empresa de Costa, tendo por base “falhas graves na prevenção de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo”, segundo a TVI 24.

Edeltrudes Costa o grande influênciador no concurso do caso KERO

Anseba, Limitada é, na verdade, uma sociedade comercial de direito angolano, fundada em 2011, pelos empresários Yamane Berhe Weldeslassie e Kelab Weldeslasse Berhe, ambos de origem eritreia, Edeltrudes Costa mantém uma longa e estreita relação de amizade desde os tempos da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto. O ganho do Concurso do KERO teve influência do homem do Gabinete de João Lourenço.

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