Nove anos depois CASA-CE revela que “Chivukuvuku” não é o mentor da Coligação

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A interessante problemática à volta da criação da Coligação CASA-CE, cujo surgimento surpreendeu os angolanos em 2012, fazendo eleger 8 Deputados na casa das leis, 3 meses depois da sua criação, e 16 Deputados 5 anos depois, nas eleições gerais de 2017, foi objecto de um prévio esclarecimento do Presidente da Coligação, Manuel Fernandes, na grande entrevista concedida na semana finda ao Jornal OPAÍS.


Por Redação do Factos Diários

Questionado sobre os meandros do surgimento da maior Coligação de partidos Políticos em Angola, CASA-CE, Manuel Fernandes, revelou, que foi por iniciativa dos líderes dos partidos políticos que compunham os POC’S, designadamente, Partido Pacífico Angolano (PPA) de Felé António, Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) de Sikonda Lulendo Alexandre e Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA) de Manuel Fernandes. Segundo o líder da Coligação, revelou que Abel Chivukuvuku “foi convidado por si” a fazer parte do projecto político que deu origem a CASA-CE, cujas características da sua ossatura orgânica e funcional confundiam-na com as de um partido político, que se erguia à curva das eleições gerais de 23 de Agosto de 2017.

Manuel Fernandes, afirmou que os contactos mantidos com Abel Chivukuvuku, foram precedidos de um aturado exercício de consulta junto de várias sensibilidades, na altura, de referências positivas no xadrez político nacional, com destaque para Marcolino Moco que se manifestou indisponível, mas em contrapartida, propôs para tamanha façanha o nome de Abel Chivukuvuku, na ocasião, um quadro de proa da UNITA, que se encontrava a cumprir um período de suspensão no partido.

O também Deputado à Assembleia Nacional, fez saber que o projecto político que congregava o PALMA, o PNSA, o PPA, Abel Chivukuvuku e seus apoiantes saídos da UNITA, juntaram-se também o PADDA-AP, de Alexandre Sebastião André, a Plataforma Política de Lindo Bernardo Tito, bem como outras figuras proeminentes como Almirante André Gaspar Mendes de Carvalho e William Tonet.

Na longa entrevista ao Jornal OPaís, Manuel Fernandes, novo Líder da CASA-CE, deixou claro que a Coligação resultou na iniciativa patriótica da antiga liderança dos Partidos da Oposição Civil (POC,S), que representado por si, foi até ao encontro de Abel Chivukuvuku estender o convite, tendo este assumido a liderança, depois de muitas articulações.

“À partida o objectivo era tê-lo como cabeça de lista dos POC,S, mas a dinâmica à volta de todo processo resvalou na criação de um ente atípico, hoje CASA-CE,” disse Manuel Fernandes.

Com 9 anos desde a articulações a 03 de Abril de 2012, em Luanda, a CASA-CE está hoje composta por 6 partidos políticos entre os quais, PALMA Nova Angola, PNSA, PPA, PADDA-AP, PDP-ANA e Bloco Democrático, sendo que Manuel Fernandes, é o terceiro Presidente, por sinal o mais jovem em relação aos seus antecessores, Abel Chivukuvuku diplomata e André Gaspar Mendes de Carvalho (Miau), militar.

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