NÃO SEJA AGARRADO: Conheça o poder e bênção de dar
Dar. Este tema suscita uma variedade de emoções. Para alguns, cria grande alegria — e até mesmo felicidade — saber os benefícios que pode proporcionar a outros. Para outros, causa frustração; tendo recursos financeiros limitados, algumas pessoas sentem que mal conseguem satisfazer as suas próprias necessidades, muito menos dar para ajudar os outros. Mas para aqueles de nós que desejam seguir e ser obedientes a Deus, dar não é opcional.
Por Austin Pryor
Ordenados a fazer o bem. É-nos ordenado em I Timóteo 6 que «[façamos] o bem, [enriqueçamos] em boas obras, [repartamos] de boa mente e [sejamos] comunicáveis». Dar põe à prova a sinceridade do nosso amor pelo Senhor e pelos outros: «Não digo isso como quem manda, mas para provar, pela diligência dos outros, a sinceridade do vosso amor.» (II Coríntios 8:8).
Dar também testa a nossa vontade de confiar na fidelidade de Deus: «E Deus é poderoso para tornar abundante em vós toda a graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, superabundeis em toda a boa obra.» (II Coríntios 9:8). Sob a direcção do Espírito Santo, podemos tornar-nos cada vez mais o tipo de doador alegre e grato que deleita o coração do Senhor. Ele tem sido sempre fiel; pela sua generosidade, também pode ser cada vez mais fiel a Ele.
Dar com um sentido de urgência. Devemos dar o que podemos agora, em vez de poupar para dar mais tarde. Mais tarde pode ser demasiado tarde. No seu livro, Becoming Real, Steven James fala sobre a incerteza da vida e encoraja-nos a tirar o máximo partido de cada dia, de cada semana. A intenção de James não é deprimir ou desencorajar os seus leitores; ele está a tentar despertá-los: porque todos morrem no meio de algo.
As pessoas morrem no meio do caminho para o consultório do dentista ou a conduzir no regresso de férias para casa; a tomar um duche ou a ver televisão; a cortar a relva, a fazer um churrasco ou a desfrutar de uma boa noite de sono. As pessoas morrem no meio de discussões, de ressentimentos, de sonhos, de planos, de carreiras, de dores de cabeça, de mágoas, e de namoros.
Não morremos quando esperamos morrer — depois de todas as nossas aspirações se terem tornado realidade ou de termos alcançado tudo o que pretendíamos. A maioria de nós morre a meio do acto de fingir que nunca vamos morrer, vivendo como se o amanhã estivesse garantido e como se esta vida durasse para sempre.
Ser intencional no viver e no dar. A vida é uma dádiva. A morte é uma certeza. Isto deve levar-nos a ser intencionais na nossa vida — e intencionais ao dar. Já ouvi muitas vezes pessoas dizerem coisas como: «Tens toda a tua vida à tua frente!» Não temos toda a nossa vida à nossa frente — temos toda a nossa vida, até esse momento, atrás de nós. O que temos à nossa frente é um mistério, e sabemos que pode terminar a qualquer momento.
Seria sensato reflectir sobre a brevidade e a fragilidade das nossas vidas, mas isso também pode ser benéfico para os seguidores de Jesus Cristo que querem que o Senhor receba a maior glória possível das suas vidas. Não queremos desperdiçar oportunidades para aproveitar ao máximo a vida e os dons que Deus nos confiou. Como um homem sábio disse uma vez: «Apenas uma vida, que em breve passará; apenas o que for feito para Cristo perdurará.»
Não deixe o tempo passar, perdendo a bênção de viver e dar corajosamente para Deus e para avanço do Seu reino. Como diz Gálatas 6:10: «Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.»