Movimento rasta fary em Angola pede o fim da exclusão social

O líder nacional do movimento Rasta Fary em Angola, Faia Kongo, no seu discurso proferido recentemente em Luanda no Distrito do Talatona em alusão ao sexagésimo quarto aniversário do Jhan Isac, percursor do referido movimento em Angola.


Por Mateus Bazonga

Em entrevista exclusiva cedida ao portal “Factos Diários” descreveu os principais desafios que o movimento enfrenta, dentre eless aponta o combate a exclusão, discriminação e os preconceitos que sofrem os membros do movimento.

O então criador do Movimento Rasta Fari em Angola Jhan Isac, considerado profeta pelos seus “Brothers” foi um beneficiário de bolsa de estudo na altura da guerra contra o colonialismo português, onde formou-se em Engenharia, posto na Etiópia, dedicou-se nas pesquisas e estudos profundos sobre a África e do referido movimento, passado mais de um ano, foi orientado a regressar à Angola, onde criou o movimento Rasta Fari. Jhan Isac, nasceu no dia 19 de Agosto de 1957 na província de Benguela.

Até agora, os membro do mesmo movimento, são radicalmente excluídos do sistema de ensino pela condição da reserva da cultura Rasta, excepto para aqueles considerados Rastas por consciência, ou seja, aqueles que ainda não renasceram do espírito, portanto não criam cabelos longos para não serem condicionados no acesso ao trabalho público ou privado, escola, etc. O movimento, não tem uma aceitação considerada pelo Ministério da Cultura e Desporto, portanto, pelo governo angolano.

Por isso, por estes condicionamentos, os membros desta comunidade cultural, dedica-se maioritariamente no artesanato para subsistência própria e das famílias. São geralmente pobres que dependem do auxílio recíproco entre os membros. Vivem pelo princípio de amor ao próximo, vegetarianos e são contra actos que não geram paz. São radicalmente contra aqueles que maltratam a terra, árvores e animais.

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Prevendo o destino e o futuro dos membros, o Rei dos Rastas em Angola, pediu apoio do governo angolano de forma a romper com a exclusão e discriminação que os seus membros sofrem assim como aceitação do seu movimento pelo Ministério da Cultura.

“ Nós não estamos aqui, para fazermos frentes, estamos aqui para defendermos a nossa cultura e a nossa identidade que começou a ser invadida pelo colonialismo e cristianismo, a África é o berço da humanidade, é a prova viva da tribo de Judá, por isso, Deus é um nome falso atribuído pelos Romanos e uma tradução latina que em África designamos Jhan, portanto, não vamos perder a nossa essência, os nossos antepassados querem comunicar connosco, mas nas nossas línguas africanas e ela, é óbvio que não é o português. Vamos acabar com a exclusão, vamos acabar com preconceitos”, assegurou.

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