Moradores das Centralidades com ´kilape´ avaliado em 250 mil milhões

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A falta de pagamento das habitações das centralidades está a afectar a conclusão de outros projectos do Programa Nacional de Habitação. Para reduzir os níveis de incumprimento, as autoridades preparam uma campanha de sensibilização para regularização da dívida que abrange metade dos beneficiários.


Por Redacção do Factos Diários

O Fundo de Fomento Habitacional prepara uma campanha de sensibilização para reduzir dívida dos moradores das centralidades

Os cidadãos que adquiriram habitações nas centralidades, no regime de propriedade resolúvel, devem ao Estado, pelo menos, 250 mil milhões Kz, conforme apurou o Jornal Expansão, junto de fontes do Governo. Essa dívida resulta do incumprimento no pagamento das prestações dos imóveis que começaram a ser comercializados em 2013, apesar dos primeiros beneficiados terem recebido chaves um ano antes.

Parte considerável da dívida está em Luanda, nas centralidades do Kilamba e Sequele, com taxas acima de 50% de incumprimento, como admitiu recentemente o presidente do Conselho de Administração do FFH, durante um encontro da ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, com a imprensa. “Temos dois problemas críticos que tem a ver com as centralidades do Kilamba e Sequele. São as mais críticas para nós em termos de inadimplência”, disse Hermenegildo Gaspar, sem, no entanto, avançar o montante da dívida.

Entre os grupos dos maiores devedores são os funcionários públicos, que são os principais beneficiados do Programa Nacional da Habitação.

E aqui começa a “dor de cabeça”, porque os apartamentos são entregues no “princípio da boa-fé”, onde a única garantia é ser trabalhador do Estado. “Quando os trabalhadores são contemplados, fica o compromisso de estes pagarem regularmente. Mas, infelizmente, isso não está a acontecer. E a falta de uma garantia agrava a situação. O salário, só por si, já não basta”, discorreu uma fonte, citado pelo o mesmo jornal.

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