MINSA: Comercialização de vagas no concurso público gera revolta

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Candidatos ao concurso público do Ministério da Saúde denunciam manipulação e venda de vagas após serem inicialmente aprovados e, posteriormente, desqualificados por “erro de sistema”. A revolta cresce e um protesto é iminente.


Por Joaquim Paulo

No dia 21 deste mês, o Ministério da Saúde de Angola aprovou inúmeros candidatos no concurso público no quadro da cota adicional. Os candidatos confirmaram suas candidaturas no site oficial do Ministério e alguns chegaram a entregar os documentos exigidos nos locais indicados, conforme o comunicado oficial do MINSA.

No entanto, uma reviravolta surpreendente abalou a confiança dos candidatos. Após a entrega dos documentos na segunda e terça-feira, muitos deles foram surpreendidos com uma alteração nos resultados: de aprovados passaram a ser “não admitidos”.

Perplexos, os candidatos dirigiram-se aos locais de entrega de documentos, onde foram instruídos a irem até à sede do Ministério da Saúde. Lá, foram informados que a mudança nos resultados se deveu a um erro de sistema. No entanto, os candidatos denunciam que se trata de uma manipulação intencional por parte dos funcionários do ministério, visando a comercialização das vagas. Segundo relatos, há vendas de vagas por 500 mil kwanzas para aqueles que foram reprovados no concurso.

Os candidatos, munidos de comprovativos gerados pelo site, apontam que estão a ser injustamente preteridos em favor de quem pode pagar pela vaga. Funcionários do RH do MINSA anunciaram que os documentos entregues na segunda e terça-feira serão devolvidos aos candidatos.

A revolta cresce entre os candidatos, que planeiam um protesto contra o que consideram uma grave injustiça e corrupção no processo de selecção. A situação expõe falhas e suscita questões sobre a transparência e integridade dos concursos públicos em Angola.

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