Menina de 12 anos recebe alta médica com um teste positivo de HIV-SIDA no hospital da Caála
Uma menina de 12 anos de idade que esteve internada por sintomas de febre tifóide no hospital municipal da Caála, no Huambo, recebeu alta médica, mas com um teste positivo do HIV-SIDA devido a suposta negligência médica da equipa em serviço naquele dia.
Por Redacção do Factos Diários
Segundo a nossa fonte, após a confirmação da transmissão do vírus, os profissionais daquela hospital e alguns dirigentes da província do Huambo aparentemente tentam ocultar o caso para não sofrer qualquer sanção ou agressão dos familiares da infeliz, com o nome fictício de Giciline, de 12 anos. Quando foi verificado o estado grave de saúde da menina, os profissionais decidiram colocá-la em uma cama para uma transfusão de sangue, de modo a melhorar o estado clínico da mais nova, mas só que o sangue que foi usado para a transfusão continha o vírus HIV-SIDA.
De acordo os dados apurados pela nossa reportagem, depois da equipa médica ter notado uma mudança no estado sorológico da paciente, pediu que os familiares da menina fizessem um teste de HIV, sendo que, todos acusaram negativo, menos a vítima facto que deixou mais preocupados os profissionais da maior unidade hospitalar da Caála.
Como uma forma de se livrar da culpa, a Direcção do referido hospital alegou que a menor terá sido abusada sexualmente e esta violação que terá facilitado o contágio do vírus.
De seguida, a família solicitou a ajuda de outras autoridades com realce do INAC local para que fizessem diligências e serem apurados os reais factos.
O caso foi submetido às autoridades governamentais, inclusive da ministra da Saúde, Silvia Lutukuta, que segundo a nossa fonte, orientou que a menina fosse transferida em um dos hospitais da capital Luanda, por formas a evitar a progressão da doença.
Posto lá, o pai conta que a sua filha não recebia um tratamento médico satisfatório. Uma outra denúncia feita pelos os progenitores da menor, tem a ver com a falta de apoio do MINSA que a princípio fez esta promessa, mas desde a data que regressaram de Luanda não se faz sentir.
Na condição de pai da pequena, o senhor José Pina revela que tem enfrentado dificuldades para cobrir as despesas da medicação e teme que o caso pode vir a agravar, caso não serem cumpridas ao pé da letra as orientações médicas.
Em contrapartida, os familiares denunciaram o caso à governadora local, Loti Nolika, ao IGAE, ao Tribunal de Comarca da Caála e outras autoridades que garantiram efectuar uma investigação para ser identificado o presumível autor e serem encontradas as verdadeiras causas, uma vez que a família continua a pedir que se faça justiça e a devida prestação da assistência médica e medicamentosa.