LUNDA NORTE: SIC detém cidadãos do movimento jurídico-sociológico “POVO LUNDEZ” e esfoça-os a se identificarem com contuário do boss anaconda

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Na Lunda Norte, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve, ontem 17, cidadãos afectos ao Movimento Jurídico Sociológico “Povo Lundez” e obrigaram-nos a se identificarem com o contuário do boss anaconda.


Por Bonifácio Efuth

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Por volta das 09 horas de ontem, 17 de agosto, um grupo de indivíduos afecto ao Movimento, sob responsabilidade de Francisco Mário Mwacikunga, outro membro, foi detido pela SIC por levar, ao comando municipal da polícia de Lucapa, um documento assinado pelo tribunal supremo de Portugal, que reconhece e consagra a existência do Manifesto Jurídico-sociológico “Povo Lundez”.

A detenção deveu-se pela alegação de que o Manifesto Jurídico-sociológico “Povo Lundez” não é legalizado e que tal atitude constitui crime perante a lei. Entretanto, o responsável pela comitiva, Francisco Mwacikunga, retorquiu que se tratava de um trabalho legalizado pelo Tribunal Supremo de Angola e que o mesmo documento tem o consentimento do Tribunal Supremo de Portugal desde a era colonial.

Não satisfeita com a justificativa, a polícia no local mandou-os despir-se das camisolas, chapéus e credenciais do Manifesto e obrigou-os se vestirem de outras camisolas com símbolo de dragão, escrita “Boss Anaconda, Amelaka Nyonso, Lucapa”.
“Estavam presentes o director da SIC, o comandante da polícia de Lucapa e o procurador, eles mandaram-nos tirar as camisolas do Manifesto e obrigaram-nos a vestir outras que a polícia tinha consigo na esquadra, e as mesmas pertencem ao contuário do boss Anaconda”, contou o responsável da comitiva.
Na sequência, a polícia apropriou-se dos meios que a comitiva levava consigo. Porém, através dessa documentação, o Manifesto Jurídico-sociológico “Povo Lundez” quis dar a conhecer ao povo Cokwe sobre a sua existência e sobre abandeira que os identificava, queimada pelo governo angolano, no caso o MPLA.

Com o intuito de os silenciar, a polícia local promete a morte a quem ousar manifestar-se e cercou, com ajuda da topa local, as residências dos implicados e a delegação do Manifesto.
Salientar que os líderes do manifesto pedem a divulgação urgente dessas informações de maneira que sejam de conhecimento público.

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