LUNDA NORTE: Comandantes, administradores e sobas facilitam exploração ilegal de diamantes

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A exploração de diamantes nas províncias da Lunda Norte e Sul foi tomada pelos malianos, guineenses e outros indivíduos ‘endinheirados’, provenientes do oeste de África. Na ilegalidade, exploram as pedras preciosas com a ‘cobertura paga’ dos comandantes da PNA, administradores e autoridades tradicionais. Segundo denunciou a população daquela parcela do país.


Por Joaquim Paulo

“A área está ser invadida pelos os estrangeiros provenientes do oeste de África. Guineenses e malianos são os grandes patrocinadores da exploração ilegal de diamantes”, foi basicamente nesses termos que uma fonte ‘bem informada’, residente na referida província, começou por discorrer sobre a situação diamantífera no leste do país.

A fonte avançou ao Factos Diários que a exploração ilegal acontece em vários municípios, citou o centro da cidade do Lukapa, Cafunfu, e Teji como áreas tomadas pela ilegalidade, no que a exploração diz respeito. Nomes como Ibrahime e Abudjamba soam na lista dos ‘endinheirados da máfia’.

“A própria Lunda Norte está a ser invadida”, sublinhou a fonte.

Questionado sobre a posição da polícia local, sem balbuciar, disse que nadam fazem por conta das propinas (dinheiro) que recebem dos senhorios estrangeiros, “Inclusive os administradores e os sobas também recebem em troca do silêncio”, acrescentou.

O Factos Diários sabe que, para os trabalhos ilegais de exploração das pedras preciosas, um grosso de cidadãos congoleses (também ilegais, no que a imigração diz respeito), são contratados como mão de obra para os devidos efeitos.

OPERAÇÃO RESGATE SERVIO APENAS PARA DISTRAIR PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO

No dia 04 de Outubro de 2018,  Polícia Nacional recuperou, na província da Lunda-Norte, três mil pedras de diamantes de vários quilates, 80 mil dólares americanos e dois milhões e meio de kwanzas, no quadro da “Operação Transparência”,

O comissário António Bernardo disse na altura que foram detidos 800 estrangeiros de diversas nacionalidades, com realce os da RDC, e apreendidos vários meios utilizados pelos garimpeiros na exploração ilícita de diamante.

“A operação resgate só resgatou os estrangeiros que pouco pagavam para a devida cobertura”, disse a fonte da Lunda Sul.

Ocorridos quatro anos, “operação Transparência”, que visa combater a imigração ilegal, a exploração e o tráfico ilícito de diamantes, de modo a evitar que o país continue a ser invadido silenciosamente, deixou de ter o poder e hoje é a zona de exploração se tornou a terra daqueles que, em 2018 foram expulsos.

 “Essa situação não pode ser permitida num país ordeiro, por isso estamos determinados a combater a ilegalidade e promover a actividade comercial que fortaleça a economia nacional”, fez saber em 2018 o Comissário António Bernardo

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