Legalização do PRA-JA Servir Angola abala regime e reforça oposição: Abel Chivukuvuku fala em viragem política histórica
A legalização do PRA-JA Servir Angola, liderado por Abel Chivukuvuku, veio agitar o cenário político angolano e ampliar o poder da oposição no país. Chivukuvuku, em conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, celebrou a vitória legal após anos de batalhas judiciais e afirmou que o PRA-JA será uma peça chave para a unidade e fortalecimento da FPU.
Por Feliciano Jacinto
A plataforma opositora, que também integra a UNITA, o Bloco Democrático e membros da sociedade civil, vai agora se “reformular e alargar”, podendo desafiar ainda mais o atual regime.
Chivukuvuku, que reconheceu a ansiedade gerada em torno da legalização, sublinhou que o congresso do PRA-JA deverá acontecer até ao início de 2025, momento em que será decidida a composição final dos órgãos do partido.
Entretanto, uma decisão política complexa surge: os deputados da UNITA que optarem por integrar os órgãos do PRA-JA terão de deixar o parlamento, devido a questões legais, conforme esclarecido por Chivukuvuku. Esta manobra poderá mudar o equilíbrio de forças dentro da oposição.
Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA e coordenador da FPU, enalteceu a resiliência dos membros do PRA-JA e acusou o regime de tentar desestabilizar a aliança opositora, ao controlar a narrativa nos meios de comunicação estatais.
“A Frente Patriótica Unida é o símbolo da democracia participativa que Angola necessita”, destacou Costa Júnior, reforçando o compromisso da FPU com reformas essenciais para o desenvolvimento do país.
Este avanço estratégico da oposição representa uma nova ameaça para o regime, que já enfrenta pressões internas e externas, com a FPU consolidando-se como a maior plataforma para desafiar o status quo em Angola.