João Lourenço interage com empresários nos EUA

0

Uma Mesa Redonda de Negócios, realizada na Câmara de Comércio, marcou, segunda-feira, a agenda do primeiro dia de trabalho do Presidente João Lourenço em Washington, Estados Unidos da América (EUA).


Uma gentileza da ANGOP

A Mesa Redonda, realizada à margem da Cimeira de Líderes EUA-África, com início esta terça-feira, serviu para o Chefe de Estado angolano detalhar as reformas políticas e económicas do país, bem como indicar as áreas prioritárias para o investimento privado.

Ao intervir no evento, o Presidente deu ênfase à questão da melhoria do ambiente de negócios, do combate à corrupção e impunidade, bem como do processo de recuperação de activos financeiro e imobiliário.

Segundo João Lourenço, Angola tem registado sucesso na estratégia  de recuperação de activos, tendo sublinhado que os processos de recuperação de alguns bens, no país, “estão perto de chegar ao fim”.

No domínio económico, falou do impacto do acordo rubricado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que considera ter sido concluído com sucesso e ajudado Angola a atingir a credibilidade de que necessita junto do mercado financeiro mundial.

De acordo com o Chefe de Estado angolano, um dos mais de 40 líderes convidados pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, para a Cimeira EUA África, o apoio do FMI e do Banco Mundial (BM) permitiram ao país estabelecer novas regras de gestão da coisa pública.

Noutro domínio, convidou os empresários americanos a investirem o seu capital em Angola, preferencialmente em áreas como a agricultura, indústria farmacêutica, da conservação e do turismo.

João Lourenço sugeriu, igualmente, investimentos privados no sector da exploração mineira, sobretudo metais raros, como o níquel.

Anunciou, por outro lado, que o Estado angolano está a finalizar alguns investimentos públicos de grande dimensão, em diferentes localidades do país, na base de concursos de concessão, na perspectiva de virem a ser geridos, futuramente, por entidades privadas.

Adiantou que já está concluído o contrato de concessão para a gestão do Corredor do Lobito, que compreende o Porto Comercial do Lobito e o Caminho-de-Ferro de Benguela, cuja missão será escoar os minerais produzidos na Zâmbia e República Democrática do Congo.

João Lourenço assegurou que outros investimentos da mesma dimensão estão em fase de conclusão, para serem geridos pelo sector privado, como o Porto de Águas Profundas do Caio, na província de Cabinda, que vai ter anexado a si uma Zona Franca de Desenvolvimento.

Afirmou que o Estado vai conceder condições fiscais distintas do geral àqueles que forem selecionados para gerir essas infra-estruturas, procedimento idêntico para Zona Franca de Desenvolvimento da Barra do Dande, cujo concurso foi lançado recentemente.

João Lourenço reiterou que será inaugurado, no próximo ano, o novo Aeroporto Internacional de Luanda, denominado António Agostinho Neto, que vai movimentar anualmente cerca de 15 milhões de passageiros e aproximadamente 50 milhões de toneladas de carga-ano.

Anexo a esse aeroporto, anunciou, vai nascer uma cidade aeroportuária, que acabará por funcionar como uma espécie de Zona Económica Especial de prestação de serviços ao novo aeroporto em termos de importação e exportação, hotelaria, turismo e outros domínios.

“Nós vemos com muitos bons olhos que os investidores americanos se interessem nesses grandes negócios, que serão realidade dentro de muito pouco tempo. No caso concreto do Aeroporto Internacional de Luanda, é já para daqui a 12 meses”, precisou.

Entretanto, além da Mesa Redonda de Negócios, o Presidente da República recebeu esta segunda-feira a Administradora da USAID, Samantha Power, estando previstas para os próximos dias audiências a outras entidades políticas e empresários norte-americanos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Translate »