João Lourenço apela aos membros da SADC cumprirem com agendas de integração para salvar África da estabilidade e miséria
João Lourenço, Presidente Angolano, João Manuel Gonçalves Lourenço e Presidente em Exercício da SADC disse no Gana, durante a 6ª Reunião Semestral de Coordenação entre a União Africana, as Comunidades Económicas Regionais e os Mecanismos Regionais de que o continente tem muitos entraves à implementação e cumprimento dos objectivos traçados a estas agendas que, de forma negativa impede o progresso do continente.
Por Isidro Kangandjo
“Como é do conhecimento de todos os presentes, o nosso continente confronta-se actualmente com imensos desafios e ameaças, que constituem autênticos entraves à implementação e cumprimento dos objectivos traçados nas nossas agendas de integração enquanto Comunidades Económicas Regionais e Mecanismos Regionais, o que condiciona igualmente a sua estabilidade, auto-afirmação e o progresso e desenvolvimento continental”, disse Lourenço.
Alguns destes desafios apresentado no discurso de João Lourenço hoje, domingo, 21, constam os problemas ambientais, o aumento do custo de vida das populações, o corte nas cadeias de suprimento de energia e outros de igual peso e preocupação, “nos têm obrigado, enquanto Estados Membros da SADC, a acelerarmos a implementação de programas e projectos destinados a aprofundar, continuadamente, o processo de integração da região, de modo a impulsionarmos o desenvolvimento socioeconómico sustentável e inclusivo, erradicarmos a pobreza e preservarmos a paz e a segurança na zona Austral do continente, contribuindo desta forma para a estabilização, pacificação e desenvolvimento económico do continente africano”.
Com efeito, JLO solicita dentro do espaço SADC comprometerem-se a cooperar e trabalhar conjuntamente para unir esforços e recursos para desenvolver infra-estruturas físicas comuns e harmonizar os quadros regulamentares, de modo a eliminar as barreiras geográficas e outras existentes, com a finalidade de facilitar a livre circulação de pessoas, bens e serviços, de tecnologia e de capital entre os países.
Relativamente à União Aduaneira e ao Mercado Comum, João Lourenço efatizou que de acordo com o programa previsto no Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional 2020-2050 (RISDP 2020-2050), a região está a caminhar rumo à supressão de tarifas imputáveis a 85% dos produtos, situação que leva a que a região registe actualmente os índices de comércio intrarregional mais elevados de África, representando 23% do comércio total com o resto do mundo, o que demonstra que a Comunidade observa progressos significativos em matéria de implementação da Zona de Comércio Livre ZCL e de concretização do objectivo último de integração comercial.
“Este processo tem sido facilitado pelo incremento da construção de infra-estruturas regionais, como as de transportes, energia eléctrica, tecnologias de informação e comunicação e outras, que estão alinhadas com a Estratégia e o Roteiro para a Industrialização da SADC 2015-2063 e com a Agenda 2063 da União Africana”, rematou.