Isabel dos Santos volta a descredibilizar o Presidente Lourenço e acusa PGR de falsificar documentos
Em entrevista na CNN Portugal, a mulher mais poderosa de África em termo financeiro, efectuou várias acusações contra o Chefe de Estado e a Procuradoria-geral da República . “Luanda links é uma construção de João Lourenço”.
Por Isidro Kangandjo
Durante a entrevista, a filha do antigo presidente da República, disse não acreditar na justiça angolana por andar sob boleia do poder político liderado por João Lourenço, por estas e outras razões não tem a certeza se ganhará a causa. Isabel, acusou a PGR de forjar documentos para a incriminar.
“O Procurador-Geral da República, o general Pitta Groz, recebe ordens diretamente do Presidente João Lourenço. Qualquer ordem deste tipo é uma ordem direta do poder”, disse Isabel dos Santos, que se diz vítima de lawfare, ou seja, de uma guerra que utiliza os meios judiciais “para combater um opositor económico ou político”.
António Costa, analista da CNN Portugal, disse ontem que a presença de Isabel dos Santos em Portugal resultou na fragilidade económica portuguesa apontando a polémica da EFACEC, BIC e a NOS. O analista, reconhece que existe ajuste de contas políticas contra a Isabel dos Santos.
Carlos Rosado de Carvalho conta que esta entrevista serve para a vitimização. “Eu digo que se há uma vítima, esta vítima é o povo que foi vítima do esquema da corrupção. Acusações contra altas entidades de Angola são graves e não são novas porque eram as mesmas que o povo fazia no tempo em que José Eduardo dos Santos foi Presidente da República” rematou.
Rogério Alves disse que afirmações de Isabel coloca em causa a imagem do Procurador-geral da República sobretudo acusações de que a PGR terá forjado documentos para a incriminar.
Apesar das acusações que parecem pesadas, o analista conta que as mesmas não devem ser ignoradas, porque, no seu entender, pode haver alguma verdade.
Rogério termina solicitando quer para a justiça Angolana e Portuguesa “no sentido de ser célere no processo ligado à Isabel dos Santos porque estamos a notar muito atraso”.