INÉDITO: Clínica Sagrada Esperança proíbe trabalhadores falar línguas nacionais no local de trabalho. “Só português”

4

Há 3 dias da celebração do dia da África, a clínica Sagrada Esperança do Soyo, lavrou um “ultimato” que proíbe os funcionários daquela unidade hospitalar a não ser comunicarem através das línguas nacionais.


Por redação do Factos Diários

Segundo o documento, tornado público no dia dia 26 do corrente mês, quem não cumprir será aplicado a este uma medida disciplinar.

O comunicado que, para muitos, consideram um desrespeito para os funcionários e os angolanos de forma geral, foi assinado e tornado público pela responsável dos Recursos Humanos, Rosa Vica Gonçalves Pedro.

Deixamos abaixo o comunicado, na íntegra, para os caros leitores:

Clínica Sagrada Esperança – Soyo

COMUNICADO INTERNO

N/Comunicação: n•: 068

N/Referencia: 068)

Data: 26/05/2022

ASSUNTO: LÍNGUAS NACIONAIS

DESTINATÁRIOS: TODOS OS TRABALHADORES

A CSE MEDIS SOYO, vem através da Secção de Recursos Humanos comunicar que doravante os funcionários estão expressamente proibidos de falar línguas nacionais dentro da instituição. Em caso de incumprimento, incorrerão a procedimentos disciplinares.

OBS: Excepção apenas para comunicarem-se com pacientes que tem dificuldades em falar a lingua oficial Portuguesa.

Cumpra-se;

Sem mais de momento subscrevemo-nos com maior estima e consideração.

Soyo aos 26 de Maio de 2022.

Atenciosamente,

A RESPONSÁVEL PELOS RECURSOS HUMANOS

ROSA VICA GONÇALVES PEDRO

4 thoughts on “INÉDITO: Clínica Sagrada Esperança proíbe trabalhadores falar línguas nacionais no local de trabalho. “Só português”

  1. Lamento a atitude da signatária, a Sra. Vika pelo desrespeito à constituição angolana. Bem, deixemos este assunto aos responsáveis pelo cumprimento da carta magna do estado angolano tomarem a decisão que se impõe. Breve, não quero fazer julgamento, mas a Sra. deve responder perante as instâncias do país. Bem haja.

    1. Situação completamente consternados e também revoltante.

      Infelizmente a força da colonização foi tão grande que hoje nos faz odear a nós mesmo e àquilo que é nosso

      Só lamento por essa senhora, por acarretar tamanho autoódio e uma extrema pobreza mental

  2. Justamente no soyo onde tem muitos falantes de línguas nacionais. Isso só mostra uma vez mais a desvalorização e o desprezo que se tem dado às nossas origens. Triste e lamentável situação, parabéns 🍾🎈🎉 estamos a matar a nossa identidade .

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Translate »