INAC regista 416 casos de fuga à paternidade

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Dois mil e 416 casos de fuga à paternidade foram registados em Luanda no ano passado, revelou, esta quarta-feira, o director- geral do Instituto Nacional da Criança (INAC).


Por Isidro Kangandjo

Fonte: JA

Paulo Kalesi, que falava durante uma palestra dirigida a efectivos do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, disse que militares e membros de órgãos de defesa e segurança lideram a lista dos que rejeitam prestar assistência a filhos.

O responsável advertiu  que a fuga à paternidade constitui crime punível com dois anos de prisão,  particularmente para os pais que insistentemente furtam-se das suas responsabilidades. Paulo Kalesi avançou que a instituição que dirige está a preparar  uma proposta para encaminhar  às entidades  competentes com vista a im-pedir que os pais que abandonam os filhos sejam nomeados ou promovidos a determinados cargos.

Para isso, explicou, as instituições  registam muitos casos, como nas Forças Armadas e Ministério do Interior, deverão obrigar os seus membros a apresentarem currículo familiar, para saber se a pessoa que vai ser nomeada cumpre cabalmente com a responsabilidade paternal.


“Este projecto visa desencorajar a fuga à paternidade, pois, as pessoas têm de ter consciência das suas responsabilidades”, afirmou. O director do INAC  disse que o número de  mulheres que abandona filhos constitui apenas cinco por cento do volume de casos registados pela  instituição.

Iniciativa dos Bombeiros

O comandante do Quartel Principal dos Bombeiros em Luanda,  Flávio Chimbundi, disse que a palestra teve lugar por iniciativa da instituição sob sua tutela, em colaboração com o INAC, “com vista a sensibilizar os efectivos do órgão sobre as responsabilidades paternais”.

Flávio Chimbundi informou que recebeu várias notificações de efectivos da  unidade que não prestam assistência a filhos, facto que o motivou a solicitar ao INAC  a realização de um ciclo de palestras. “Como o nosso lema é “Dar a Vida para Salvar Vidas”, temos de contribuir para que os nossos  efectivos assumam as responsabilidades como pais”, frisou.

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