OPINIÃO

Luís de Castro


“Huambo é a Banda” tornou-se o novo lema da Cidade Vida. Tudo indica que a cidade atravessa um novo paradigma de governação, com sinais claros de transformação e progresso.

Com a nomeação do novo “inquilino”, apelidado pelo titular do poder Executivo de “bombeiro”, é notório o renascimento de obras em várias frentes. Estas iniciativas, ao serem concretizadas, poderão conferir à Cidade Planáltica e aos seus arredores um carácter mais atractivo e dinâmico.

Não obstante, há vozes críticas, sobretudo de antigos governantes, que denunciam uma alegada dualidade de critérios no seio da mesma família política. Alegam que, enquanto no passado “não existiam recursos para um eventual plano de emergência”, hoje há meios disponíveis para o presente mandato.

Para garantir um desenvolvimento sustentável e fomentar a empregabilidade juvenil, encorajamos o sr. “bombeiro” a centrar esforços na reactivação do parque industrial e na promoção da agricultura mecanizada e do agro-negócio. Um compromisso sério com o apoio aos pequenos agricultores e à agricultura familiar será determinante para transformar a realidade socioeconómica da nossa região. A Banda carece urgentemente desta visão estratégica!

No que diz respeito à qualidade das intervenções em curso, considero prudente aguardar por resultados concretos. Afinal, a chuva, esse fiscal imparcial e implacável, acabará por trazer a sua avaliação, indiscutivelmente imparcial, no tempo certo.

Permitam-me, porém, deixar claro que não me compete intervir nas questões internas do MPLA. Que os desafios desta organização política sejam tratados dentro do seu próprio fórum.

Por outro lado, como intérprete das preocupações dos moradores da Centralidade do Lossambo, não posso deixar de lamentar a actual situação de abastecimento de água. As torneiras funcionam apenas duas horas por dia, deixando as famílias à mercê de soluções improvisadas para suprir as suas necessidades básicas. Esta situação exige uma atenção redobrada das autoridades competentes.

Com tudo o que está em curso, a pergunta que ecoa é inevitável: será que o Huambo continua a ser a banda?

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