GRANDE ENTREVISTA: Secretário da UNITA anuncia dias difíceis para Benguelenses

Adriano Abel Sapinãla, Secretário Provincial da UNITA em Benguela e Deputado à Assembleia Nacional, foi o convidado da grande entrevista no portal Factos Diários. O político que falava recente ao FD, abordou questões relacionadas com a marcha em solidariedade ao Presidente da UNITA, infiltrados da actividade do dia 13 de Março e radiografou a situação social dos Benguelenses.


Por Isidro Kangandjo

FACTOS DIÁRIOS: Senhor secretário provincial UNITA Adriano Sapinãla, embora estás recentemente aqui na província de Benguela, como acompanha a situação social da população?

ADRIANO SAPINÃLA: A situação social das populações, aquilo que foi a nossa constatação é que ainda temos problemas que preocupam, a medida que o facto mais gritante a essa altura é um anunciar de fome por causa da estiagem em que se verificou nos meses passados, as culturas todas das populações secaram e, por conta disto, as populações por sua grande parte sobrevivem através da agricultura domestica e essa cultura que ficou toda comprometida, não haverá colheita e o pior pode acontecer.

FACTOS DIÁRIOS: quais são os municípios que serão mais afectados com a fome?

 AS: Este problema abrangem a maior parte dos municípios da nossa província. No meu entender, a culto prazo, a província vai requerer uma atenção dos governantes e sobretudo encontrar alternativa imediata sob pena de cairmos depois em  calamitoso que não ficaria bem.

Temos já a situação do Chongoroi com mais agravo, as pessoas estão a se alimentar de farelo e isto, em quanto o consumo humano, preocupa bastante, porque, o farelo, por norma, não faz parte da dieta de ninguém e quando o último recurso das populações é de farelo, significa que a coisa é complicada. Nesse estado, temos outros municípios como o Cainbambo, Mucubal, Ganda, Balombo e Bocoio.

Todos ficaram assolados pela estiagem só para não meter em parte os municípios da orla marítima, a própria Baía Farta que é Benguela, Lobito, Catumbela que são os municípios da orla marítima, mas, independentemente deste facto terem outras actividades comerciais como a pesca, também sobrevivem da agricultura, então a aqui há um gritante anúncio da fome que requer de medida imediatas para se evitar o pior.

FACTOS DIÁRIOS: Já houve registro de morte por causa da fome?

AS: Oficialmente, não houve relatos nesse sentido, mas o que precisamos é encontrar soluções urgentes para que não haja mortes. Esta é a nossa preocupação, daí colocarmos na linha da frente as preocupações deste fenómeno ou do âmbito social a nível da província. Esse fenómeno da estiagem que prejudicou em grande medida as culturas das populações, vai ser necessário um trabalho muito grande que infelizmente depois se resumirá em doações de alimentação como já está acontecer com as populações do sul do país e aqui em Benguela menos dias, mais dias, vai precisar também desta mão e submeter o povo sempre na condição de pedinte que não é bom para um povo batalhador.

É preciso se encontrar políticas estruturantes já que sabemos que a questão da estiagem é cíclica para que se evitem em repetir os mesmos cenários permanentemente.

FACTOS DIÁRIOS: Qual seria a solução?

AS: Há muitos mecanismos para se solucionar a questão da estiagem, desde o sistema de irrigação que podem ser mecanizado e não só reservas de água que podem ser feita de outras maneiras e tudo isso pode ajudar quando se aproxima o ciclo de mais uma estiagem, porque, segundo os especialistas, esse tipo de situações ocorre entre três em três ou quatro em quatro anos, então, já é um ciclo conhecido e estudado.

Claramente, por conta disto, tem respostas técnicas mais adequadas que eu, nesta altura, me vem essas duas na questão das reservas de água sobre tudo o sistema de irrigação para que não se prejudique mais as culturas das populações. É preciso haver um plano numa superfície longa irrigada onde pode se cultivar também sem grandes sobressaltos.

Também temos problemas como as cheias, como exemplo de Lobito que agora as chuvas começaram a cair, já assistimos, a semana passada, o Lobito completamente inundado e este fenómeno tem estado a se repetir e ninguém do Estado ajuda. Temos o problema das próprias estradas e ruas a nível da cidade que estão cada vez pior e depois não se sabe aquém atribuir responsabilidades como tais porque, por exemplo, quando se fala de um trajeto onde possa considerar estar a passar o tracejado de uma estrada nacional, a intervenção já não é provincial mas, independentemente disso, depois vimos outras ruas das vilas que estão completamente esburacadas e estamos a falar mais uma vez dos municípios da orla entre as quais benguela, Catumbela, Lobito que estão com o seu tapete asfáltico deteriorado e há bairros que o próprio tapete asfáltico não existe.

Estas situações para uma província e município com uma dinâmica económica como tem a província de Benguela, município de Lobito, Catumbela, Baia Farta, Cubal e todos outros, claramente que preocupa bastante.

Em termos de trocas comerciais, estamos com o problema da ponte que desabou, mais uma vez, os municípios do Chongoroi província de Benguela e Kilemgue da província da Huila, temos neste preciso momento a via cortada, e esse factor prejudica claramente na transação comercial entre as várias províncias e dos produtos que vêm da Namíbia e África do Sul. Nesse preciso momento, não tem como fazer o seu trajeto normal.

FACTOS DIÁRIOS: Registamos uma zona urbana com possivelmente poucas dificuldades. Como está a zona rural da província de Benguela?

AS: Não é verdade que a zona urbana esteja com pouca dificuldade, ela, está com muitas dificuldades, aliás, desde a própria distribuição da energia elétrica, asfaltos e a água potável das populações, ainda temos situações muito graves.

Em relação as áreas rurais, direi que o caso é mais gritante porque aí falta quase tudo e, infelizmente, depois as pessoas são submetidas a um modo de vida não recomendável.

FACTOS DIÁRIOS: Há prostituição aqui em Benguela?

AS: Sim. Claro que a prostituição ultimamente serve de escape da juventude para ver se consegue atingir facilmente seus objectivos. Hoje, as pessoas estão a entrar na prostituição vendendo o corpo e conseguir alguma coisa para se alimentar e para se vestir já que não tem emprego. A situação envergonha, mas a sensibilização dessas pessoas deve ser acompanhada com soluções de meio de sobrevivência.

FACTOS DIÁRIOS: O número é assustador?

AS: Na província de Benguela, esse fenómeno infelizmente já começa a ter números que preocupam porque uma boa parte da juventude sem foco naquilo que precisam ou naquilo que queiram fazer da vida, escorregam para prostituição, alcoolismo e consumo de drogas. É uma preocupação que não passa despercebida naquilo que é contexto social da província.

FACTOS DIÁRIOS: A quem podemos atribuir a culpa?

AS A questão não é bem ainda de atribuições de culpas é como podemos sair desta. É aí onde está o desafio, porque, entre encontrar culpados e encontrar caminho ou soluções para se sair dessa situação, sou defensor dos caminhos da solução.

São fenómenos que existem e estão identificados. Há várias motivações da juventude para entrar neste caminhos, mas com maior realce como digo a falta de emprego e aqui vai um desafio ao Presidente da Republica, enquanto candidato, prometeu arranjar 500 mil empregos que, até hoje, a juventude anda a procura onde é que estão e ninguém encontra.

Temos aqui, na nossa província, uma outra promessa grande que vai ser sempre cobrada de transformar Benguela em Califórnia. Até hoje, nem a primeira pedra para Califórnia se foi lançada então, aqui há situações preocupantes que deviam estar por cima da mesa das pessoas que governam para encontrarem soluções, infelizmente, as soluções têm estado atrasado para chegar e as outras soluções nunca se quer chegaram.

FACTOS DIÁRIOS: Qual é a percentagem que dá pelo número de pessoas desempregadas na província de Benguela?

AS: Não dou agora, em rigor, as estatísticas como tal, mas, estamos a menos de 50% dessa percentagem pelo menos a nível da juventude, muita gente desempregada, o desafio é muito grande porque os próprios cidadãos que estão empregados perderam o poder de compra porque o salário já não chega para manter o mês e ainda eles próprios são submetidos a outros desafios para tentar se manter durante o mês, então a aqui mais um outro problema que é essa recessão económica que já vai na sua quarta fase a nível de Angola e a resposta não chega para se sair dessa crise e, nessa altura, é preciso se fazer muito trabalho para que se encontre soluções.

FACTOS DIÁRIOS: Senhor secretário, como acompanha atuação da Polícia Nacional a nível da província de Benguela, eles estão a exercer o seu papel ou ainda há muitas dificuldades?  

AS: Exercem o seu papel, e eu acho que em relação a Polícia Nacional, por ser mesmo um órgão aquém se cobra muito, tem sido uma das instituições que tem estado a busca de respostas naquilo que é a sua atuação. É verdade que nós temos um particular que tem a ver com caso isolado que assistimos aqui desde a nossa chegada que é infiltração de agentes da Polícia a civil no meio dos militantes nos nossos comícios e marchas.

É uma coisa que nós reprovamos porque achamos que nós, quando decidimos comunicar à Polícia sobre uma determinada actividade, é porque sabemos que o evento é público, por isso, não precisa mais de ter outros truques. Se é a segurança que nós pedimos, ele devem aparecer de forma de forma pública e bem identificados.

FACTOS DIÁRIOS: Os supostos infiltrados foram apanhados?

AS: Foram apanhados em Benguela, nos municípios de Ganda, Bocoio

FACTOS DIÁRIOS: Como está indo o processo desta situação?

AS: O processo anda parado. Nós apresentamos eles à Polícia, mas quando foram ver se trata dos seus colegas, com passe de identificação e armamento orgânico da Polícia Nacional, infelizmente tudo ficou muito complicado.

FACTOS DIÁRIOS: Eles não justificaram as razões que os levaram como infiltrados na vossa actividade?

AS: O pior de tudo é que não tem justificativo! Nós achamos que quando comunicamos uma actividade nossa e pedimos que haja proteção da Polícia Nacional, é porque não precisamos ter mais Polícia escondida como se tivessem a fazer um papel de infiltração tanto é que os nossos actos são público tem a cobertura de imprensa, tudo que agente faz é público e nós somos um partido legal, então, não temos que fazer coisas às escondidas.

FACTOS DIÁRIOS: Nós acompanhamos um vídeo de aproximadamente dez minutos sobre a marcha que realizaram em alusivo o 13 de Março. É possível dar uma proximidade de quantos participaram naquela marcha?

AS: Em termo de participação, aquilo superou toda as nossas espectativas, nós é que organizamos o acto e todos nós estipulamos os instrumentos de sensibilização das pessoas para aquela actividade mas, o certo é que nós tivemos uma realização de 13 de Março acima da média. O grande dado que posso dar é que nós abarrotamos o largo de África daqui de Benguela. Em termos de números exato, ficaria muito arriscado fazer porque, na verdade, era muita gente que não conseguimos contar. Cada canto vinham gente e as pessoas participaram livremente.

FACTOS DIÁRIOS: Esse número de participante lhe diz alguma coisa?

AS: Significa um sentimento de mudança que vai pairando a nível da sociedade e a ansiedade é tanta, por que, toda gente fala de mudança para Angola. Com certeza, alternância ao poder, faz-se através da UNITA, então, as pessoas estão a depositar toda a sua confiança na UNITA e o teste foi apresentado no dia 13 de Março, em alusivo os 55 anos de existência do partido.

FACTOS DIÁRIOS: A mudança de Governador e do 1º do MPLA em Benguela, achas que o partido adversário tem medo ou está preocupado contigo?

AS: Isso não sei. São eles que podem dizer porque eu só faço o meu trabalho e mais nada.

FACTOS DIÁRIOS: O senhor é jovem e uma referência na UNITA, alguma vez já sofreu aliciamento?

AS: Já. Só que não sou alguém que tenha preço a dignidade está acima de tudo.

FACTOS DIÁRIOS: Qual era a garantia?

AS: Não é de garantia, são coisas assim práticas eu nem se quer dou espaço a essas questões porque eu acho que também não tenho que estar aqui a negociar o que tenho que receber ou não para eu fazer isso ou outra coisa. Sou uma pessoa educada de forma religiosa, social através dos meus pais e avós. Eu não tenho que estar aliciar a minha vida com ninguém. eu trabalhei em Luanda, naquela altura, pensava-se que toda gente tinha um preço e faziam o que eles quisessem em termo de aliciamento.

FACTOOS DIÁRIOS: Como será UNITA em 2022 aqui na província de Benguela?

AS: A UNITA está a trabalhar para ganhar as eleições aqui no ciclo provincial. Quando se fala de vitória eleitoral em Angola, ninguém vai ganhar as eleições gerais e ignorar a força daqui de Benguela. Benguela é simplesmente a terceira maior praça eleitoral do país. Tem um peso enorme naquilo que é o resultado final global, por isso, nós estamos a trabalhar na dinâmica da UNITA para a vitória ganhando o círculo provincial.

FACTOS DIÁRIOS: Conseguirá ganhar os 5 deputados do ciclo provincial de Benguela?

AS Vamos ver nós queremos fazer trabalho de vitória e a vitória começa por três assentos e quando se consegue três assentos já se ganha o círculo provincial e depois se virem quatro, cinco tudo é bem-vindo nos estamos a trabalhar para a vitória.

FACTOS DIÁRIOS: Nos estamos a ver ai a baia Farta possivelmente quem viu ontem e quem vê hoje nota-se uma grande diferença, isto também preocupa?

AS: Infelizmente preocupa. Por outro lado, é triste ver empresas pesqueiras a falirem, com maior realce o Atlântico que era uma empresa grande que deveria empregar muita gente através da pesca.

FACTOS DIÁRIOS: Há muitas reclamações na área de comércio sobretudo os restaurantes estão a fechar…

AS: afirmativo. O problema é que a economia não está a responder e as pessoas perderam o pode de compras e os responsáveis desses hotéis, não têm como manterem os negócios no activo e os cidadão vão para o desemprego. As áreas turísticas da província estão isoladas por culpa da Pandemia e da crise financeira.

FACTOS DIÁRIOS: Registamos muitas esperanças de alguns Benguelenses do novo Governador Luís Nunes. Qual é a sua espectativas enquanto político?

AS: Eu acho que isso não passa de mera ilusão, porque, o Governador Luís Nunes não vai fazer milagres e ele vem de alguma referência no Lubango, atenção não digo na Huila, no Lubango, onde fez algumas coisas e vem para Benguela onde os problemas são aquelas que já dissemos. São problemas estruturantes e o Orçamento Geral do Estado de 2021 foi aprovado, por mais que o Governador Luís Nunes tenha a vontade, ele não tem muito a fazer porque o Orçamento está ali e a governação a nível da província de Benguela em termos orçamental vai se basear naquilo que se aprovou para 2021.

O que vai acontecer, já seria se ele fizesse o mínimo do que foi aprovado, agora, os recursos vêm de onde o antigo governador Rui Falcão sempre se queixou por falta de recursos que viriam da nacional. Estão a colocar um Orçamento miserável para uma província com desafios muito profundos.

Por outro lado, desejo boa sorte porque se fizer boa coisa, será uma mais-valia para nós que vivemos aqui em Benguela. Espero que consiga fazer o melhor.

FACTOS DIÁRIOS: O que tem a dizer sobre as marchas de solidariedade a favor do Presidente Adalberto Costa Júnior?

AS: São iniciativas espontâneas do cidadão, na base do fogo cruzado em que o Presidente Adalberto está mergulhado por conta do governo do MPLA que está completamente atormentado com avalanche populacional e ascensão contínua daquilo que é a sua popularidade a nível dos cidadãos. O povo, achou que a ali há uma injustiça e uma tentativa de assassinato de carácter do engenheiro Adalberto por conta de algum apadreamento dos meios de comunicação. É uma iniciativa da cidadania e solidariedade, por isso, não tenho muito a comentar.

FACTOS DIÁRIOS: Nestas marchas há mais envolvimento dos militantes… é normal que isso acontece?

AS: Nós não podemos olhar sempre como militantes, antes de tudo, são cidadãos angolanos. Antes de tratar o cartão de membro do partido. Eu ouvi e sei que as marchas são realizadas pela sociedade civil.

FACTOS DIÁRIOS: Em 2015 ou 2016 o senhor Secretário criticou duramente as marchas em apoio ao então Presidente República, José Eduardo dos Santos. A UNITA não está a imitar aquilo que criticou no passado?   

AS: Aquilo gozavam com fundos púbicos, é por isso que temos o país que temos hoje. Eles usavam aqueles meios porque agradavam o líder para tirar dinheiro do horário público. É assim que no tempo do José Eduardo o movimento espontâneo se tornou uma instituição de utilidade pública, tinha o dinheiro do Orçamento Geral do Estado. Esses atos é mesmo de condenar permanentemente.

FACTOS DIÁRIOS: Nota exagero por parte dos vossos adversários sobre assuntos em volta do presidente da UNITA?

AS: Isso está transparente. Eles estão ameaçados pela popularidade do Presidente da UNITA. Neste preciso memento é o político mais querido de Angola e eles estão a ver o poder ameaçado, por conta disso, acham que o caminho vai ser esse de estar a chincalhar o presidente ACJ. Felizmente, as pessoas estão ignorar, pelo contrário, os órgãos públicos fazem publicidade gratuita à volta do nome do presidente Adalberto e agente agradece.

FACTOS DIÁRIOS: Muita gente alegam uma divisão interna dentro da UNITA, qual é a tua visão?

AS: Não existe divisão dentro da UNITA. O presidente Adalberto Costa Júnior, foi eleito na sede de um congresso ordinário do partido, foi eleito pelos membros do partido, o mesmo congresso já foi validado pelo Tribunal Constitucional e ele está no exercício do seu mandato legal e legitimante conseguido.

Antes pelo contrário, houve um gesto nobre dos dirigentes que tinham sido convidados para irem para o almoço que o Presidente da Republica deu, simplesmente declinaram os convites porque o Presidente cometeu disparate de não convidar o Presidente da UNITA esqueceu-se talvez que a UNITA é o signatário dos acordos.

O Presidente da UNITA chama-se Adalberto Costa Júnior e ele é o representante da UNITA dentro e fora do país. Presidente Lourenço, enquanto Chefe de Estado, cometeu um erro crasso para um político do gabarito dele por ter deixado de fora o Presidente do partido signatário dos acordos que estão a festejar.

FACTOS DIÁRIOS: Os nomes de grupos como Sacalistas e Numistas, pertence simplesmente para vosso adversário Político?

AS Eu particularmente nunca ouvi isto, nem mesmo na altura que eles concorreram por congresso, nunca ouvi. Isto de sacalista Numista não sei o que isso significa. Nós ali estamos num pleno exercício da democracia o que é recomendável tanto constitucionalmente quanto estatutariamente e nós fizemos o nosso congresso democraticamente onde saiu vencedor o Engª. Adalberto Costa Júnior.

FACTOS DIÁRIOS: Como acompanha a situação da saúde e educação a nível de Benguela?

AS: É um calcanhar e modelo da governação do MPLA de não conseguir trazer balizas sustentáveis para assentar políticas da educação e da saúde. Infelizmente Benguela não está diferente das outras paragens porque em termos de bolos a educação e saúde são sectores que menos recebem dinheiro. Por estas razões, não tem como haver saúde porque ela mesma anda doente.

Os hospitais, em algumas partes existem, mas há um grande problema de que tais assistências medicamentosa é complicada, não há medicamento e as pessoas depois tem que recorrer fora das unidades hospitalares para encontrarem medicamento e se tratarem. A situação da saúde e da educação aqui na província não é das melhores.

FACTOS DIÁRIOS: O que gostarias de deixar aos demais?

AS: deixo uma mensagem de esperança, sobretudo de grande necessidade de alternância política, porque em Angola o que é necessário neste preciso momento é colocar o MPLA na oposição. Esse é um ato de patriotismo porque o MPLA tem sabotado o país ao longo deste quase 46 anos da sua Governação. É uma imperiosa necessidade de haver alternância no país e a UNITA se posiciona na vanguarda daqueles que deram esse movimento da alternância.

Nós a UNITA, temos o ano de 2021 como ano da mobilização dos patriotas para alternância do poder e, achamos nós que são patriotas todos que amam Angola e nesse contexto, já temos estados a notar alguns efeitos desse slogan que militantes do MPLA se assumem que são do MPLA mas garantem abertamente que vão votar no Engenheiro Adalberto Costa Júnior porque entenderam que o MPLA precisa ir para oposição.

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