GHERDA BARRETO HOMENAGEADA PELO MINISTRO DA AGRICULTURA E FLORESTAS

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A representante da FAO em Angola Gherda Barreto, foi ontem homenageada, em Luanda, pelo Ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis. Gherda Barreto, está em fim de missão no nosso País, depois de 5 anos a trabalhar com as nossas populações, propriamente no sector da agricultura familiar e segurança alimentar e nutricional.


REDAÇÃO DO FACTOS DIÁRIOS

A diplomata deixou claro que as políticas traçadas para o apoio à agricultura familiar estão a contribuir para o aumento da produção alimentar em Angola.

Com esta visão, destacou Gherda Barreto, o Ministério da Agricultura e Florestas, com o apoio técnico da FAO, desenvolveu acções que actualmente estão a resultar em efeitos positivos, como por exemplo a implementação de Escolas de Campo a nível das 18 províncias, criação de programas, atracção de investimentos, entre outras.

Durante os cinco anos do seu mandato em Angola, Gherda Barreto reconheceu que foi possível apoiar o Ministério da Agricultura e Florestas a desenvolver quatro mil Escolas de Campo (ECA) e apoiar 120 mil produtores, elaborar bases de dados ligadas às ECA 1.0, que permite aos técnicos identificar os camponeses e suas produções.

As Escolas de Campo são mais eficazes porque são elas que garantem a segurança alimentar do país, desde a produção de frutas, tubérculos e hortaliças.

“As Escolas de Campo e agricultoras familiares levam à resiliência e à soberania alimentar no país, porque estão a produzir”, frisou Gherda Barreto.

Ainda sobre as Escolas de Campo, Gherda Barreto disse que um total de 180 unidades conseguiram monitorar a sua agrobiodiversidade, e este resultado, destacou, permitiu o lançamento do primeiro Atlas de Agrobiodiversidade do país.

“Quando cheguei em Angola começamos a acompanhar o programa em apenas três províncias, nomeadamente Huambo, Bié e Lubango, e hoje termino a missão com uma grande satisfação, porque com as políticas gizadas pelo Governo de Angola foi possível expandir o projecto das Escolas de Campo nas 18 províncias do país”, realçou.

Ganhos alcançados

Outro grande destaque, segundo Gherda Barreto, foi a realização do Censo Nacional da Agropecuária, que permitiu o levantamento de dados sobre a agricultura familiar, composto por mais de 12 milhões de camponeses, que controlam uma área de produção com mais de três milhões de explorações.

Deu a conhecer que, a partir deste processo, está em curso a criação do primeiro Atlas Agroeconómico do país, que servirá para a atracção de investimento privado.

“Em Outubro de 2023, o Ministério da Agricultura e Florestas apostou na atracção de investimento com o apoio da FAO, uma iniciativa mão a mão, onde foram apresentados os programas PLANAGRÃO, PLANAPECUÁRIA e PLANAPESCA, para atrair mais de 1 bilião de dólares para o sector da Agricultura”, frisou.

Segurança alimentar

Disse que a FAO participou na revisão técnica da estratégia de segurança alimentar e nutricional, no quadro do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN), tendo como foco o capital humano e segurança alimentar.

“Tal acto foi possível fruto da decisão tomada pelo Governo angolano em colocar a monitorar a escala da segurança alimentar no inquérito do Emprego”, frisou, destacando que a classe mais afectada se encontra nas zonas fronteiriças, e para que sejam atendidas estão a ser gizadas políticas que serão facilitadas com o sistema de monitoria consolidado.

Para Gherda Barreto, é possível Angola mitigar a fome e a pobreza, porque tem recursos humanos e naturais em abundância, como recursos naturais em terras e água em abundância.

Nascida na Nicarágua, Gherda Barreto é representante da FAO em Angola desde 2018.

Potenciar a parceria estratégica

O ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis, disse que a representante da FAO em Angola, Gherda Barreto, desempenhou a função com zelo e dedicação, durante os cinco anos de mandato.

O governante garantiu à diplomata total apoio na sua nova missão, sobretudo para as diferentes tarefas a serem desempenhadas.

“Esperamos que a FAO consiga encontrar para Angola um representante com as mesmas qualidades, determinação e força de trabalho”, frisou António Francisco de Assis.

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