General Numa tem dúvidas sobre o futuro da UNITA

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General Abílio Kamalata Numa, traçou, durante o congresso passado, transformar a UNITA num partido Panafricano, moderno com capacidade de ganhar eleições em 2022 e estabelecer uma nova ordem para Angola. O congresso terminou e os desejos ficaram numa curva sem opção de manobras.

Por Isidro Kangandjo

Depois da tomada de posse do Eng. Adalberto Costa Júnior como terceiro Presidente na história da UNITA, o político afirmara que ainda obtinha dúvidas sobre o futuro do seu Partido. 

Na entrevista passada neste portal, Kamalata Numa diz que o partido tem de trabalhar para que nos próximos tempo todos militantes das regiões do país possam concorrer e sentirem-se que têm a oportunidade de ganhar. “Sou dos quadros que melhor estava preparado para dirigir os destinos da UNITA. Mesmo que os meus companheiros não sintam isso, ainda que não olhem pelas minhas qualidades isso que estou a dizer, mas, eu quero ser franco, eu tenho certeza que sou dos quadros que melhor estava preparado para fazer essa segunda transição e colocar a UNITA na dimensão que ela merece”.

Acrescenta ainda que “fui dos quadros sénior da UNITA que em 1986, já era membro do Bureau Político da UNITA, na altura, o Bureau era apenas de 18 pessoas distribuídos em 11 efectivos e 07 permanente. Em 1986, fui comissário político das FALA e construi os fundamentos políticos da instituição”, disse.

A UNITA tem por resolver problemas relacionados com os anciãos que fizeram a primeira guerra e que precisam de serem passados à reforma. Até aqui, existe homens e mulheres que deram a sua mocidade na UNITA e que hoje foram abandonados, General Numa conta que muitas pessoas têm vindo a reclamar uma vez que o número de viúvas é maior e que as mesmas não têm meios para sustentar os filhos. O outro militar alega que antigos guerrilheiros merecem ter uma reforma condigna, para isso, segundo conta, é necessário que a UNITA possa apoiar incondicionalmente.

O outro caso que preocupa o General na reforma, relaciona-se com os comités provinciais e municipais que na sua maioria encontram-se degradados e os quadros que lá trabalham têm uma posição social muito abaixo se comparar outros partidos como o MPLA e sentem-se inferiorizados. Numa, fala que é preciso valorizar os quadros, os militantes, amigos e simpatizantes da UNITA. Sobre a mobilização de novos membros, o entrevistado adianta que “o povo angolano já está mobilizado, o que se pode fazer é o plano de acção e nada mais”.

A União Nacional para a Independência total de Angola, é a segunda maior força política em Angola desde a sua fundação e primeira da oposição. Já participou nos quatro pleitos eleitorais e, por enquanto, tem 51 Deputados todos representados no poder legislativo.

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