Finanças aumentam emissão de dívida para 382,75 mil milhões de Kwanzas em Julho

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O Ministério das Finanças de Angola, através da Unidade de Gestão da Dívida Pública (UGD), emitiu em Julho Títulos de Dívida em Moeda Nacional no valor de 382,75 mil milhões de kwanzas, um aumento significativo face aos 33,78 mil milhões emitidos em Junho. Este incremento reflete a crescente necessidade de financiamento do Tesouro Nacional.


REDAÇÃO DO FACTOS DIÁRIOS

Em resposta às crescentes exigências de endividamento, o Ministério das Finanças de Angola, por meio da Unidade de Gestão da Dívida Pública (UGD), aumentou consideravelmente a emissão de Títulos de Dívida em Moeda Nacional no mês de Julho, alcançando 382,75 mil milhões de kwanzas. Este valor é substancialmente superior ao montante de 33,78 mil milhões de kwanzas emitido no mês anterior, Junho.

Segundo o Ministério das Finanças, este aumento está alinhado com as necessidades de financiamento do Tesouro Nacional, que têm vindo a crescer. As yields oferecidas para os Bilhetes de Tesouro com maturidades até 364 dias também registaram um aumento, passando de 8,20% em Junho para 19% em Julho. No caso das Obrigações de Tesouro, as maturidades de 4 e 6 anos viram as suas yields subirem de 14% e 15,25% para 15% e 20,75%, respetivamente.

A maior emissão do ano ocorreu em Março, com títulos avaliados em 770,76 mil milhões de kwanzas, refletindo o padrão irregular, mas crescente, de emissão de dívida pública. Além disso, em Junho, uma operação semelhante permitiu a recolha de 156,75 milhões de dólares americanos, com maturidades de 7 e 10 anos, e vencimentos previstos para 2031 e 2034.

Os Títulos de Dívida Pública emitidos têm como principal objetivo o financiamento das despesas públicas, incluindo programas de investimento e outros projetos de interesse nacional, enquadrados no Plano de Desenvolvimento Nacional. A estratégia de endividamento do Ministério das Finanças para o período de 2024-2026 mantém as ações definidas anteriormente, com o objetivo de melhorar a metodologia e os critérios para novos financiamentos.

Desde o início da vigência desta estratégia, em 2022, a UGD tem implementado medidas para criar um mercado de títulos mais líquido, permitindo assim oferecer rendimentos mais atrativos aos investidores. Essa abordagem facilitou a captação de títulos com prazos mais longos, viabilizando a extensão da maturidade média da dívida interna, o que é visto como um passo crucial para a estabilidade financeira a longo prazo do país.

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