Filipe Nyusi pondera recuar da decisão de reabrir praias

Filipe Nyusi ponderou, hoje, recuar da decisão de abertura das praias caso se registem maus comportamentos como os que se viveu no último fim-de-semana em algumas praias do país. O “O País” visitou as praias da Costa do Sol, em Maputo, para colher opiniões sobre o assunto.

Preocupado! Foi como o Presidente da República se mostrou no seu discurso de celebração do dia da vitória, quando tocou na questão da COVID-19. O Chefe de Estado começou contextualizando que “há dias avançamos algumas medidas que incluem algumas cedências para reanimar a economia, pois a nossa pretensão é gerir o binómio saúde e desenvolvimento”.

Para o seu espanto, como referiu Filipe Nyusi “Hoje começou o Estado de Calamidade Pública, mas lamentavelmente recebemos informação de que no fim-de-semana houve, em algumas praias, um total desrespeito pelas medidas de prevenção caracterizado por consumo de bebidas alcoólicas e não obediência pelo distanciamento”, detalhou para depois avançar seu posicionamento face a esse cenário.
“vamos continuar a observar estes locais por mais por algum tempo e se isso prevalecer, vamos recuar, vamos encerrar as praias”, reiterou.

O Presidente da República ponderou ainda que a decisão pode não ser linear para todos os locais pois “tentaremos ser justos. Se existirem praias em que obedecem todas as recomendações vamos permitir que continuem abertas”, terminou.

O “O País” fez uma ronda pela cidade de Maputo, ao que constatou que a praia da Costa do Sol não registou banhistas, até porque os famosos Mahindras da PRM estavam em número considerável. No local, encontramos Matilde Mucavel a passear com parte da sua família. Para ela usar as praias para caminhadas sim, mas mergulhos, nem pensar. “Daqui a mais algum tempo entraremos para o verão, caso esta medida se efective, poderemos assistir a enchentes nas praias e isso será difícil de controlar o distanciamento e a luta contra a Covid-19”, defendeu.

Na nossa ronda pela cidade encontramos um grupo de seguranças a jogar cartas. Uns com mascaras e outros nem por isso. “Eles tem máscaras, não usam. Eu tenho a milha e me cuido. Aqui cada um cuida da sua saúde”, detalhou Leonardo um dos seguranças, mas quando questionamos sobre a abertura das praias foi perentório. “Praias não, vamos morrer todos!”

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