EXPLORAÇÃO DE OURO: Forças de segurança estabelecem Estado de Guerra em Nambuangongo: “Ninguém circula”

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Um aparato de forças de segurança, incluindo agentes da PNA, do SIC e de outros órgãos, está a proibir o direito de circulação de camponeses e cidadãos dedicados ao garimpo artesanal de ouro e à atividade agrícola na comuna do Zala, em Nambuangongo, Bengo.


REDAÇÃO DO FACTOS DIÁRIOS

Miguel Quimpeze, proprietário de uma das lavras localizadas na aldeia do Zala, disse que os agentes estão completamente armados, como se se tratasse de um confronto militar entre países, intimidando os camponeses a aceder às suas lavras, seguindo ordens superiores. Devido a este aparato de agentes, instalou-se um clima de medo e terror entre as famílias que ali residem e fazem da agricultura a sua principal atividade económica.

Estes camponeses, assustados e “com o coração na mão”, clamam pela intervenção dos deputados à Assembleia Nacional e de outros órgãos competentes para realizar um inquérito e denunciar o caso a nível das instituições internacionais. Vários produtos agrícolas encontram-se deteriorados, prejudicando a subsistência das famílias da região.

O Factos Diários sabe que, recentemente, a Rádio Eclésia em Caxito, no Bengo, avançou que a zona de exploração de ouro conta com equipamentos do atual administrador municipal do Dande, Domingos João Lourenço, que trabalhou por muitos anos como administrador do Nambuangongo. Contudo, a informação foi negada pela equipa de Comunicação do Dande, alegando ser um falso alarme.

Além deste dirigente, há altos políticos do MPLA e altas patentes da Polícia Nacional e do Ministério da Defesa Nacional implicados na exploração ilegal de ouro. Esta situação impede vários camponeses com lavras nas zonas de exploração de continuar o seu trabalho, resultando na deterioração dos produtos.

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