Exclusivo: Conflitos de Interesses e ameaças sacodem o Porto de Luanda em escândalo político

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António Rodrigues Domingos, também conhecido como “Jita”, o poderoso Chefe do Departamento de Inspecção do Porto de Luanda e dono da controversa Empresa ARONDS, encontra-se no centro de um furacão político e empresarial que ameaça abalar as estruturas do poder em Angola. Com negócios que vão desde a proteção de instalações até a limpeza de navios, Jita é retratado como uma figura dominante, cuja influência permeia todos os níveis da administração portuária.


Em mensagens explosivas trocadas entre altos funcionários e que vazaram, Jita é descrito como alguém que gaba-se representar os interesses do MPLA e do Palácio Presidencial, jogando com o poder para manter seu domínio nos lucrativos contratos do porto. Estas revelações surgem em um contexto onde Jita é acusado de intimidar a equipe das finanças do Porto, garantindo assim a perpetuação de suas operações.

O escândalo escalou quando Jita, sentindo-se ameaçado pelas denúncias contra sua conduta, começou a mobilizar seus contatos dentro do Bureau Político do MPLA, numa tentativa desesperada de blindar sua posição e silenciar os críticos. Uma fonte anônima, próxima às discussões no Bureau Político, confirma que “os mais velhos não estão a dormir”, indicando uma possível reviravolta nas lealdades internas.

A situação exigiu a atenção imediata da Comissão de Auditoria e Disciplina do MPLA, ao nível de Luanda, que agora se vê obrigada a intervir diretamente para investigar as alegações de corrupção e abuso de poder que circulam em torno de uma das figuras mais influentes do cenário portuário de Luanda.

Enquanto a notícia corre nas redes sociais e entre os cidadãos angolanos, aumentam as exigências por transparência e justiça, com muitos questionando até onde vai a teia de corrupção e se as próximas eleições poderão trazer mudanças significativas para a governação do país. O caso de António Rodrigues Domingos promete ser um ponto de inflexão na luta contra a corrupção em Angola.

Fonte: Telma Satepa

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