Está suspenso o presumível autor das ´fraudes´ no ISCED de Luanda

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Após a divulgação do relatório da comissão criada para a verificação das irregularidades cometidas no processo de seleção dos candidatos aos cursos ministrados no ISCED-Luanda, no ano lectivo 2022/2023, que denuncia a manipulação dos resultados, a concelho científico da referida instituição reuniu de imediato, esta semana, tendo suspendido o coordenador dos exames, Eduardo Nangayafina.


Por Redacção dos Factos Diários

Trata-se do também Vice-Presidente para área científica, Eduardo Nangayafina, que, apesar de ser coadjuvado por dois profissionais daquela instituição de ensino superior, foi ele, na qualidade de coordenador, o responsável pela inserção das notas nas pautas dos resultados dos candidatos, facto que motivou o conselho científico suspender o mesmo, enquanto o processo continua sobre o crivo das entidades internas e externas.

Segundo as informações que o Factos Diários teve acesso, além do conselho científico, um órgão delibera determinados assuntos internos, o Ministério do Ensino Superior, Tecnologia e Inovação já mobilizou uma comissão no intuito de apurar ´in loco´ os factos e que, caso se confirme o envolvimento do coordenador nas manipulações dos resultados, o mesmo poderá perder o seu posto no Ministério de tutela.

Vale ressaltar que o inquérito reza que os trabalhos realizados demonstram ter havido muitas irregularidades. Houve critério arbitrário de notas, havendo, inclusive, notas entre 0 e 4 valores que passaram para positiva.

“Durante o processo eleitoral , eu tinha escrito aqui que o princípio do fim do Instituto Superior de Ciências da Educação de Luanda (ISCED-LUANDA), enquanto instituição de ensino superior com enormes responsabilidades na formação de professores e demais profissionais da educação em Angola, seria a eleição da lista liderada pelo Professor Zavoni Ntondo, pela fraca cultura acadêmica e evidente falta de rigor científico dos membros que integravam a sua lista, cujo percurso era marcado por vendas de monografias, assédio multifacetado aos estudantes e formação profissional duvidosa”, palavras de Chocolat Brás, Professor e Pesquisador de Políticas Educacionais, sobre a fraude no ISCED de Luanda.

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