ENTRE MITO E INCOMPETÊNCIA NO CASO KISSÁNGUA: o que as autoridades sanitárias no Huambo não conseguem responder
Segundo o Director do Hospital Geral do Huambo, Dr. Isaac, avançou ao Factos Diários que, “até ao momento registou-se 60 casos e, neste número, 45 Femininos e 15 Masculinos. Neste universo, 3 estão em observação e sem risco de vida.
Por Isidro Kangandjo e Joaquim Paulo
O Factos Diários tentou trazer uma informação mais clara através de resultados laboratoriais e, pelo que indica nem a direção provincial da Saúde como o Hospital Geral do Huambo conseguiu de levar alimentação ao laboratório para se confirmar de concreto as causas.
Para aliviar os ânimos e se livrar do título da incompetência, as autoridades sanitárias foram forçados anunciar que se trata de mal conservação alimentar o que vem gerando dúvidas à população uma vez que, a Kissángua é consumida depois de dois dias da sua preparação e isto nunca causou transtorno de saúde, pelo que se pede uma informação mais detalhada sobre o assunto em causa.
O QUE DISSE O DIRECTOR PROVINCIAL DA SAÚDE NO HUAMBO
o Director provincial da Saúde, Lucas Nhamba, foi questionado sobre os esforços da Direcção Provincial para investigar as causas dessas intoxicações recorrentes, mencionando que há dois anos ocorreu um caso semelhante no bairro da Catelenga, município da Caála.
O Director destacou que essas intoxicações geralmente resultam da má conservação dos alimentos, especialmente em eventos como óbitos e casamentos, onde os alimentos são preparados com muita antecedência. Tendo, de igual modo, enfatizado a necessidade de educar a população sobre a importância da higiene na preparação e conservação dos alimentos.
“Às vezes, as pessoas que confecionam os alimentos não cuidam da sua higiene pessoal nem do meio ambiente, resultando nesses eventos”, afirmou.
Sobre a possibilidade de envenenamento, Lucas Nhamba esclareceu que apenas uma autópsia poderia confirmar tal hipótese, mas que tudo indica se tratar de uma intoxicação alimentar causada por bactérias presentes na água ou alimentos mal conservados.
Segundo o responsável, um alimento pode ser contaminado e, durante a noite, as bactérias podem se multiplicar milhões de vezes, resultando em casos de intoxicação no dia seguinte.
Ao ser questionado sobre as medidas tomadas para investigar o incidente recente, o responsável mencionou que não havia recebido nenhuma notificação directa sobre o caso e sugeriu que o jornalista entrasse em contato com o director clínico do Hospital Geral para obter informações detalhadas sobre as condutas adotadas. Lucas Nhamba informou que a vigilância epidemiológica estava em curso para averiguar as possíveis causas.
QUESTÕES NÃO RESPONDIDAS
Com a recomendação do Director Provincial da saúde, o Factos Diários conseguiu o contacto do Director do Hospital Geral do Huambo e, das várias questões colocadas apenas uma mereceu a resposta dando o relatório dos pacientes e não conseguiu aprofundar outras questões limitando-se apenas num mito sonante “intoxicação alimentar”.
- Gostaria de saber mais um pouco sobre o estado dos pacientes por intoxicação alimentar de um óbito no Casseque e também procurar saber se foram apuradas as causas deste fenômeno através de um resultado laboratorial.
- Uma vez que o caso é recorrente, já se levou algumas restas alimentares para se apurar se estamos diante de um envenenamento ou uma intoxicação alimentar?
“Esta resposta que daria seria a saúde pública” esta afirmação mostra claramente que existe uma limitação profissional aos representantes da Ministra da Saúde na província do Huambo.
Director Clínico do Hospital Geral do Huambo, reconheceu à TV Zimbo que “tem sido muito frequente apresentar quadro do Gênero e pede-se cuidado com o que se come para evitar casos do gênero”, porém o responsável não terá compreendido as razões dos casos acontecerem de forma isolada e gradual, uma ignorância que pode resultar em mortes.
SIC-HUAMBO DISSE DOMINAR DO ASSUNTO E PROMETE EMITIR O SEU PARECER ATRAVÉS DE UMA NOTA
Sem gravar entrevista, o Serviço de Investigação Criminal na província do Huambo, disse ter comado o conhecimento do infausto acontecimento e garantiu se pronunciar através de uma nota, uma vez que as investigação continuam buscando os primeiros detalhes através dos depoimentos e resultados laboratoriais.
O Factos Diários sabe que os casos mais antigos aconteceram em 2022 onde 67 pessoas tiveram o mesmo sintoma a um óbito no bairro Catelenga Velha, município da Caála, em Julho de 2023 mais de 100 pessoas tiveram sintomas semelhantes no bairro Bom Pastor, município sede do Huambo.
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