Divisão do Moxico continua sem consenso. Autoridades tradicionais escrevem ao Presidente Lourenço e outros órgãos auxiliar
À SUA EXCELÊNCIA PR JOÃO LOURENÇO
À PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL
AO MINISTRO DA ADMINISTRAÇÃO DO TERRITÓRIO
AO MINISTRO DA CULTURA H. E TURISMO.
AO MINISTRO DA JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS.
D E N Ú N C I A P Ú B L I C A
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A população e as Autoridades Tradicionais da Província do Moxico, vem por este ensejo exprimir a sua viva e especial saudação calorosa às Entidades acima consignadas. Considerando que as medidas adotadas pelo Executivo Angolano que visam repartir as Províncias do Moxico e Cuando Cubango em duas como bem ajustadas para o melhoramento do seu bem-estar e descentralização de muitos serviços administrativos em localidades recônditas.
Atendendo que o processo de auscultação no Moxico foi selectivo, apenas conduzido nos gabinetes sob influência dos que governam à Província em desrespeito total a opinião pública, na selecção dos nomes das pessoas que haviam reunido na Casa da Cultura, tinham escolhido criteriosamente dois nomes consensuais de MOXICO LESTE com capital em Cazombo e MOXICO OESTE com capital no Luena.
O porquê da escolha e permanência do nome Moxico? Porque é um nome histórico e congregador da cultura, hábitos e costumes dos povos espalhados por esse imenso território que abarca a região Leste desde os tempos remotos.
Surpreendidos tudo e todos nas conclusões saídas da reunião do Conselho da República lidas pelo Ministro de Estado, Adão de Almeida com o nome de Cassai Zambeze que teria a capital em Cazombo e Moxico no Luena, facto que criou naquela noite um espanto total e consequentemente uma viva repulsa por todos moxicanos que não pugnam pelo tribalismo e regionalismo e que condenaram essa manobra forjada por pessoas que a todo custo pretendem criar um Estado Separatista no Leste para a proclamação da Independência da República Democrática Lunda Tchokwe, que visa anexar as Províncias do Cuando Cubango e Moxico às Lundas, facto fortemente contestado pelos povos dessas Províncias que consideram que Angola é um país independente desde 1975, uno e indivisível, conforme consta na CRA.
O Cassai não tem nenhuma aproximação e história no território do Moxico, pois é um rio que separa as Províncias do Moxico e Lunda Sul a montante, tendo penetrado na jusante entre as duas Províncias no território da Lunda Sul, onde no mesmo território deparamos as localidades de Luma Cassai e Cassai Sul , seguindo um longo perfil para Lunda Norte, até quando penetrou na RDC, ganhando mais nova designação de duas Províncias na RDC de Cassai Oriental e Cassai Ocidental.
De salientar, o mesmo rio Cassai divide no Direito Costumeiro o Reino da Lunda Tchokwe de Muatxissengue Watembo na margem esquerda e os Reinados de Nhakatolo (Luenas), Mueni Mbandu ( Mbundas) Chiweka (Luchazes), na margem direita no sentido descendente. Dada essa evidência dos factos, a população e as Autoridades Tradicionais alertam mais uma vez o Presidente da República e os seus Auxiliares o perigoso que representa o nome Cassai Zambeze que visa apenas fomentar as guerras étnicas no Moxico que já deram os seus sinais no Alto Zambeze forjadas por indivíduos que dirigem o Governo e Partido no Moxico que provocou vítimas mortais e sequelas entre as etnias Luvale e Lunda Ndembo, sob o olhar, mudo cego e surdo das Autoridades do Moxico na Era do ex Governador Muandumba, facto que resultou a ausência dele de não visitar aquele Município durante um ano.
Temendo qualquer retaliação do sucedido, Isso tudo começou quando o Governador Muandumba reúne com o Rei Muatxissengue da Lunda Sul e o Soba Chinuque da etnia Lunda Ndembo do Alto Zambeze em Setembro de 2021, no encontro tripartido no seu Palácio durante três dias, situação que provocou uma desconfiança e forte contestação dos Sobas das etnias Tchokue do Luena, da Rainha Nhakatolo, do Rei Mueni Mbandu e Rei Chiweka , sem a participação das demais Autoridades.
No mesmo ano, Muandumba tentou criar o Rei Muamuxico para etnia Tchokwe no Luena que nunca existiu e dada a reprovação do Rei Muatxissengue, tudo ficou sem efeito porque o único Rei Tchokwe em Angola ê Muatxissengue, pois não existe mais outro. Quando o Soba Chinuque regressa à Cazombo depois desse encontro tripartido começam as guerras tribais entre os Luvales e os Lunda Ndembo, tendo eles se gabado que recebiam ordens superiores que à Província Moxico seria dividida, uma seria Cassai Zambeze e outra Moxico.
A Província de Cassai Zambeze seria Cassai para os Lunda Tchokwe e Zambeze para os Lunda Ndembos, daí começou a guerra entre esses dois povos irmãos com laços sanguíneos seculares, sendo os últimos sensíveis traídos para protagonizar essa ressurreição e que até foram profanar as campas da família Real Nhakatolo que datam dos anos 1800, alegando ser terras da sua jurisdição, facto que não corresponde com verdade.
Até aconteceu mais proibição por eles de sepultar a Rainha recém falecida Lurdes Chilombo, anexáramos a carta do Soba Chinuque dirigida do Administrador do Alto Zambeze que tomou conhecimento e até com decalque as Entidades a quem redigimos essa denúncia e graças a PIR que escorraçou as milícias ilegais do Soba Chinuque, chamadas de Mihindas que usam kanhangulos, azagaias e lanças de ferro para guerrilhar os outros nas lavras.
Durante esse prélio, a Polícia do Comando Municipal do Alto Zambeze não teve intervenção para repreender esses actos de vandalismo, alegando motivos de não receberem ordens superiores e os que tivessem forças é que deveriam derrotar os outros. Após a chegada da PIR à Cazombo conseguiram conter a situação e alguns culpados foram detidos e posteriormente soltos a mando das ordens superiores da Província sem intervenção dos Órgãos do Ministério Público.
Perante essas evidências, a nomenclatura de Cassai Zambeze para a futura Província alertamos o Executivo angolano que representa um grande perigo para futuros conflitos étnicos no Moxico que poderão ganhar contornos alarmantes a par dos de Ruanda que ninguém deseja e nem espera. Eis a razão que fez se deslocar à Luanda a Rainha Nhakatolo e os Regedores Kanonguesa do Alto Zambeze da etnia Lunda Ndembo vitimizado por não aderir aos planos tribais, os Regedores Chimbuica do Luau e Regedora Tumba do Luacano e Cameia mandatados pela sua população que contesta veementemente o nome de Cassai Zambeze por ser de carácter tribal e regionalista, arquitetado por pessoas de má fé que pretende agudizar mais conflitos étnicos em Angola, aconselhamos o Executivo que respeite a vontade popular que defende a todo custo o nome de consenso MOXICO LESTE que preserva a história e cultura dos povos desse território em todos seus quatro pontos cardinais.
Ressaltamos que a intervenção do Governador Muangala no Café CIPRA foi muito infeliz que tentou a todo custo ludibriar os presentes com Cassai Zambeze e sem aflorar o nome intrínseco do MOXICO LESTE, tendo até maltratado a Rainha Nhakatolo de Interina, linguagem que a deixou totalmente ofendida porque ela já é Rainha em plenas funções, o que falta apenas é o cumprimento das formalidades tradicionais da entronização onde o Governo será convidado para prestigiar a cerimónia apenas, pois Interina só existe no Governo, nos reinados bantu é sucessão por linhagem.
Por outro lado, o ex Administrador do Alto Zambeze Muquissi, aproveitando-se da morte da Rainha Lurdes Chilombo usou-a de ter concordado com o nome Cassai Zambeze, é uma autêntica mentira, atenção que o senhor Muquissi não se esqueça por emoção invocar o nome dela sem evidência, os espíritos funcionam e que não se arranje azar que não custa. Sem pudor só inclinaram no Cassai Zambeze e sem falar do MOXICO LESTE, que querem afundar a sua história e cultura, acompanhem de forma atura o vídeo no YouTube da Conferência do Café CIPRA onde até o Muangala usou o culto de personalidade dizendo que no MOXICO existe uma povoação de Cassai Gare onde nasceu o Administrador do Alto Zambeze, Esmael Keshipoco, tem sentido de dar esse nome a futura Província por ele ter nascido no Cassai Gare, até por um triz chamariam de Cassai Gare Zambeze.
O Moxico tem muitos problemas que os Governantes deveriam resolver, não os equacionam, fomentam só o tribalismo e regionalismo. Não é normal dois Governadores da dupla “MUA’ Muandumba-Muangala durante 7 anos sem construir pelos menos uma só escola de 7 salas de aula no Luena, o que tem provocado muitas crianças estarem fora do sistema de ensino para continuarem mutilar as gerações vindouras e considerarem-nos sempre como analfabetos.
Para terminarmos, apelamos que o povo do Moxico nunca foi, não é e nunca será tribalista e regionalista, estes são aqueles que usam o nome de MUKAKUIZA aqui no Leste em Saurimo Lunda Sul que querem perpetuar com essa prática para todas latitudes da Região Leste, nós condenamos essa prática indecorosa.
O MPLA e o seu Executivo têm que ter muita atenção com os problemas do Leste, porque do PEQUENO SE TORCE O PEPINO.
Queremos para MOXICO, MOXICO LESTE E MOXICO OESTE, CASSAI ZAMBEZE SAI POR NÃO TER NENHUM FUNDAMENTO HISTÓRICO NA PROVÍNCIA DO MOXICO, POIS OS INDIVÍDUOS QUE FOMENTAM ISSO ESTÃO NO BUREAU POLÍTICO DO MPLA E NO EXECUTIVO ANGOLANO. DADA A DELICADEZA DA QUESTÃO, AGRADECEMOS A ATENÇÃO QUE MERECERÁ POR VOSSA PARTE.
PELA POPULAÇÃO DO ESPAÇO TERRITORIAL QUE CONTEMPLARÁ A FUTURA PROVÍNCIA QUE ALMEJAM MOXICO LESTE. – ALTO ZAMBEZE – LUAU – LUACANO – CAMEIA.
Angola é um país que tem suas autoridades, eleitas pelo próprio povo.
Dando em consideração desta mensagem enviada a sua excelência presidente da república, mostra quando existe um grupo dentro da etnia luvales que fomentam tribalismo.
O estado angolano devem convocar este grupo para ser ouvida e ser acompanhado, com bastante preocupação, isto constituem uma ameaça no futuro.
Tudo que este grupo diz, aqui não condizem com a verdade, apenas estes são usados, mas existem mandantes que está escondido no governo.
Presidente João Lourenço tens de ficar atento.
Cabe ao executivo tomar decisões certa assuntos que preocupam as comunidades!