“Divisão administrativa de Luanda constitui uma manobra dilatória para distrair os angolanos da crise interna que o MPLA atravessa”
A divisão político-administrativa de Luanda, que abarca a criação de uma nova província, é um tema que o Grupo Parlamentar da UNITA, a maior força política na oposição levou à conferência de imprensa realizada hoje, 27, na sua sede nacional.
Por Isidro Kangandjo
Liberty Chiyaka Presidente do GPU, conta que o tema levantado pelo MPLA “constitui apenas uma manobra dilatória para distrair os angolanos da crise interna que o MPLA atravessa”.
“O anúncio de mais uma alteração na divisão político-administrativa do País não é uma questão importante neste momento que deva preocupar as pessoas, porque não tem impacto nenhum na evolução da política nacional nem na gestão da crise económica e social que o País vive. O que é importante e deve merecer a nossa atenção colectiva é a crise de liderança que o Partido-Estado atravessa e a grave crise económica e social que o País vive”, disse Presidente do Grupo Parlamentar da UNITA.
A questão do Congresso Extraordinário convocado para Dezembro deste ano, para a UNITA, é uma questão política muito importante, que denota a existência de uma crise de liderança no seio do MPLA, com potencial para afectar a estabilidade política e social do País.
Grupo Parlamentar da UNITA disse ter sido interpelado por diversas organizações e cidadãos individuais, que se mostram bastante preocupados e perplexos com esta nova proposta de divisão administrativa do País, em particular da província de Luanda, numa altura em que o Parlamento já devia estar preparado para a aprovação final da Lei da Institucionalização Efectiva das Autarquias Locais.