Dioceses de Luanda e Caxito consideram prematuro falar do Sistema de Saúde Em Angola

Comissão Episcopal de Justiça e Paz e Migrações, realizou um trabalho de monitoria ao sector da saúde entre 2019-2020 nas províncias de Luanda e Bengo. Numa entrevista que o coordenador Celestino Epalanga efectuou ao Factos Diários, considerou prematuro falar da saúde do país. Já o Bispo da Diocese de Caxito Dom Maurício Agostinho pede mais humanismo aos homens de pica.


Por Isidro Kangandjo

A comissão que realizou a monitoria ao sector da Saúde, que contou com o apoio financeiro da Igreja Norueguesa, apresentou no dia 23 do mês passado o relatório do estado da saúde às autoridades governativas da província do Bengo. A falta de humanismo na parte dos técnicos da saúde, falta medicamentos e transparência na gestão dos valores alocados nos hospitais, centros e postos de saúde localizadas nas terras de Jacaré Bangão, são algumas, das várias preocupações apresentadas.

Ao tomar a palavra, Dom Maurício Agostinho Bispo da Diocese de Caxito, entende que os enfermeiros devem merecer a capacitação de humanismo e ética de maneira que possam tratar e cuidar da vida humana com compaixão e amor. “Precisamos de humanizar os serviços de saúde. Ao colher um doente e tratar com carinho e amor é já um meio caminho a andar para a cura”, alertou.

O representante da Diocese de Caxito, Reconhece que a falta de meios técnicos e materiais tem colocado em desespero muitas vezes os profissionais de saúde tratar com o devido carinho e de forma merecedora os pacientes, porém o Bispo pede aos médicos que os doentes que acorrem aos hospitais não devem de maneira nenhuma sofrer as consequências. “Apesar das dificuldades que os hospitais oferecem, os médicos devem cuida-los e trata-los com o carinho e com amor”, disse.

Falando sobre o relatório de monitoria ao sector da saúde, o Bispo chama atenção ao executivo no sentido de ler e registar as lacunas que existem no sector da saúde. “Este relatório deve ajudar o Ministério da Saúde a solucionar e buscar soluções dos vários problemas e dificuldades. Há necessidade de melhorarmos o sistema da saúde, porque, sem boa saúde, nenhuma sociedade deve desenvolver”. Alertou.

O Bispo Dom Maurício Agostinho, apela ao executivo no sentido de rever o orçamento destinado ao setor da saúde. Para o Ministério da Saúde o dirigente pede a melhoria na distribuição dos meios técnicos, materiais e humanos nas mais diversas unidades sanitárias para que os pacientes sejam tratados com a dignidade.

A Comissão Episcopal de Justiça e Paz e Migrações, monitorizou 37 unidades sanitárias em Luanda, 08 na província do Bengo entre os quais Hospitais Gerais, Hospitais Municipais, Centros e Postos de Saúde.

A malária, doenças sexuais e malnutrição foram as principais causas de mortalidade nas províncias monitorizadas, entre 2018 até o primeiro semestre de 2020.

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