Desorganização das empresas TCUL, ANGOAUSTRAL e MACON facilita propagação da Covid-19

É nesta Quinta-feira, 12, que a equipe de reportagem do portal Factos Diários saiu para radiografar o nível do cumprimento das medidas de biossegurança nas principais paragens de autocarros na cidade de Luanda. Incumprimento das medidas recomendadas pelo decreto Presidencial é comum para todas as paragens no olhar silencioso dos fiscais, cobradores, motoristas e da Polícia Nacional.


Por Mateus Bazonga e Paulo Tandu

A acção frustra muitos cidadãos que seguem minuciosamente as medidas de prevenção, alguns, deixaram de usar autocarros públicos por falta de cumprimento das medidas de prevenção. “A desorganização começa na fila, não existe ninguém, nem a Polícia para organizar a fila”, disse Ana José funcionária da Mutamba e tem como preferencia do uso de autocarros da empresa ANGOAUSTRAL.

O dia estava raiado de sol, senhoras com bebês sem sombra para o refúgio do arder do sol, estudantes cansados de esperar e uns acabam por atrasar às aulas, outros frustrados pelo incumprimento das filas de espera é a senhora Joana da Conceição, residente no município de Viana, tem como preferencia apanhar autocarros da TCUL no largo das escolas, para ela, o mais frustrante é a longa fila e sem ninguém ao local para medir o distanciamento.

” Estou aqui há duas horas, estou com muita fraqueza, por falta de dinheiro para apanhar o taxi, venho a caminhar do hospital Maria Pia para apanhar o autocarro de cinquenta, mas, não está fácil”, explicou.

Na paragem da Cuca operado pela empresa da MACON, a situação é lastimável, por falta de organização, passageiros invadem autocarros enquanto os funcionários aguardam os movimentos de forma tranquila. A realidade dessa zona parece mais preocupante e periga a saúde pública e viola o Decreto Presidencial.

As entidades empregadoras das três operadoras reportada pela equipa do “FD”, apesar de arrecadarem fundos, vários funcionários, sobretudo cobradores, não recebem das entidades empregadoras materiais de biossegurança tais como a máscara e álcool para desinfetar as mãos.

A nossa equipa efectuou uma ronda com autocarros Largo das escolas-Capalanga, Cuca-Golf II e Cacuaco-porto, nessa roda, constatamos que as empresas de transportes urbanos não estão apelando os seus cobradores na sensibilização dos seus clientes no uso de máscara de forma adequada, aliás, os cobradores são o exemplo no que o incumprimento do uso da máscara diz o respeito.

Quem deixou a sua opinião foi sociólogo  Estevão Damião apelando para que os responsáveis de autocarros não se limitassem apenas em dinheiro, mas também em ajudar o Estado na luta contra a Pandemia.

” Todos devemos nos envolver na sensibilização e no combate ao Covid-19, se os meios de transporte público que pedem uma taxa de cinquenta Kwanzas não respeita as medidas de prevenção, isso significa que corremos o risco de sermos contaminados. Os autocarros não devem servir o palco de disseminação do Coronavírus”, disse.

O outro problema avançado pelos passageiros é tempo de espera e da duração de uma viagem do largo para o Capalanga. Há que sai da paragem 12 horas para chegar ao destino as 14 horas, para aqueles que saem 17 horas, correm o risco de 20 horas. Segundo o motorista que não quis identificar-se, explica a questão de engarrafamento e, aproveitou a oportunidade para denunciar agentes reguladores de trânsito a continuidade de ” pedir dinheiro” ao automobilistas.

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