DEMONSTRAÇÃO DE FORÇAS: PDP-ANA desvincula-se da CASA-CE sem ceder os bens
Dentre outras questões, uma suspensão precipitada por parte do Colégio Presidencial terá motivado o partido dirigido por Abreu Capitão a ´abandonar´ a coligação de partido político como forma de demonstração de força e independência enquanto partido político.
Por Joaquim Paulo
Numa nota enviada à redação do Factos Diários, lavrada pelo Secretariado Geral Permanente Do Bureau Politico, dirigida ao Colégio Presidencial da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral – CASA-CE sublinha que o Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA), tinha, somente, se atrelado à coligação para fins eleitorais, pelo que, para todos os casos, ainda mantém o seu estatuto legal de partido político autónomo que funciona na base dos seus estatutos e regulamentos reitores e com personalidade jurídica própria.
PDP-ANA SENTIU A SUA LIBERDADE AMEAÇADA
Lê-se no dossiê que o partido recebeu do Colégio Presidencial da CASA-CE um convite para participar de uma reunião relâmpago, que, segundo o PDP-ANA, desprovia de uma agenda que norteassem a referida reunião.
No decorrer da reunião, diz o comunicado, Manuel Fernandes, na qualidade de Presidente, exigiu ao Presidente do PDP-ANA, Abreu Bernardo Capitão, que explicasse, sem ´balbuciar´, as causas que estiveram na origem de rubricar um acordo com o projecto político MUN.
Abreu deu uma pronta-resposta, dizendo que, apesar de ser Presidente do PDP-ANA, a posição foi tomada pelo Partido, no uso da sua autonomia e soberania. Capitão terá sentido um desconforto com a indagação, entendendo que o tema sobre o seu acordo com o MUN merecia um tratamento específico, dada a pertinência, e que a indagação da CASA-CE merecia ser levada a um fórum próprio.
“Surpreendentemente, no final do dia, e por via das redes sociais, o PDP-ANA tomou conhecimento de uma nota informativa, da autoria do Presidente da CASA-CE, anunciando uma suposta suspensão de todas atividades da Coligação como consequência da conclusão da reunião, por ter tido se juntado ao MUN”, esclarece o comunicado.
Em reação a sua suposta interrupção da sua participação na coligação, que entendeu ser uma deliberação ´precipitada´ e que põem em causa a soberania do partido fundado por Fulupinga Nlando Victor, o PDP-ANA desvinculou-se da coligação, de igual modo, reiterou, mais uma vez, que, doravante, estará empenhada no desempenho e edificação do Bloco da Solução, um projecto que leva a cabo com o MUN.
Sai da ´CASA´ sem deixar os bens
No final do seu documento/réplica, o PDP-ANA se recusa a deixar para trás tudo quanto adquiriu através da na ´CASA´, invocando o seu direito relacionado aos bens patrimoniais móveis e imóveis adquiridos pela coligação na esfera colectiva desde o momento da sua adesão a CASA-CE, nas eleições de 2017, concomitantemente nas eleições de 2022.