De 70% dos votos para 65%. FRELIMO não reagiu a redução dos votos pelo Conselho Constitucional
A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), o partido que participa e vence as eleições pela quinta vez, apesar de ter tido 100% de cobertura nas mesas de votos, não conseguiu de apresentar as actas e editais ao Conselho Constitucional (CC) os resultados e, também, não reivindicou a redução dos resultados de 70% de votos divulgados pela CNE nem do 65% apresentado pelo CC que deu a vitória para Daniel Chapo.
Por Isidro Kangandjo
“O estranho é que a mesma FRELIMO não mugiu nem tugiu após o Conselho Constitucional ter reduzido a percentagem que a prior tinha supostamente conseguido, os tais 70%. Se realmente a FRELIMO venceu com tal percentagem anunciada pela CNE (70%) porque é que ficaram caladinhos vendo os votos que conquistaram justamente sendo reduzidos para 65%?”, questionam analistas.
O Conselho Constitucional, no processo de trabalho que alegava estar a levar à cabo para se apurar a verdade eleitoral, segundo o acórdão, pediu actas ao PODEMOS, RENAMO e MDM e outros organizações para supostamente compara -las com as actas da CNE, porém, por uma suposta culpa da CNE, os partidos concorrentes não conseguiram obter as 100% de actas porque, na fase de credenciamento dos delegados de candidatura, a CNE não credenciou todos os delegados apresentados por estes partidos.
“A questão é, se realmente o Conselho Constitucional quis apurar e trazer a verdade eleitoral, porque não pediu também as actas a FRELIMO, uma vez que este foi o único partido que a CNE permitiu o credenciamento de todos os seus delegados tendo conseguido assim estar em todas as mesas do país e tendo também conseguido de certeza todas as actas e editais?”
A este momento, os eleitores e analistas apresentam várias questões, mas não têm resposta que o resulta num caos sem fim previsível uma vez que, a pressão populacional passou o nível de Venâncio Mondlane, candidato presidencial pelo partido PODEMOS.