Crise no Censo 2024: Recenseadores sem merenda paralisam trabalho e exigem pagamento imediato

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O clima de revolta tomou conta dos recenseadores no Huambo, com os subsídios de alimentação em atraso, os profissionais ameaçam não sair a campo até que os pagamentos sejam regularizados, trazendo à tona questões sobre a seriedade da gestão do censo.


Por Feliciano Jacinto

“É inaceitável que sejamos tratados desta forma. Gastamos com táxis e outras despesas, enquanto outros profissionais recebem os seus benefícios sem problemas”, desabafou um recenseador que preferiu manter o anonimato. A indignação é generalizada entre os agentes de campo e supervisores, que se sentem desvalorizados e humilhados. “Saco vazio não fica de pé”, recorda um deles, citando o ditado popular de Osvaldo Camilo.

O movimento de paralisação, convocado para amanhã, promete agitar a estrutura do censo. “Amanhã, ninguém sai de casa sem que os valores da merenda estejam nas nossas contas”, exclamou Elias África, um dos líderes do protesto, alertando que a situação já passou dos limites.

A frustração é crescente, com muitos recenseadores a considerar que este pode ser o pior censo da história. “Fui excluído apesar das minhas qualificações. Não quero fazer parte de um fracasso”, afirmou um profissional, ecoando o sentimento de muitos que se sentem injustamente tratados.

Com o censo interrompido, as autoridades terão de responder rapidamente a este clamor, ou o cenário poderá deteriorar ainda mais, comprometendo o sucesso da iniciativa. O futuro do Censo 2024 está em jogo, e a paciência dos recenseadores ‘chegou ao fim’.

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