CORREDOR DO LOBITO: Autoridades denunciam disseminação de “Fake News”
As autoridades angolanas afirmam que é falso um suposto comunicado atribuído ao governo de Angola que sugere a assinatura de um contrato com o Grupo Empresarial Carrinho no contexto dos projetos do Corredor do Lobito. De acordo com informações obtidas, “não existe qualquer contrato de catering no âmbito do Corredor do Lobito”.
Segundo uma fonte próxima às autoridades, o documento que circula nas redes sociais é falso. A fonte explica que o governo não assina contratos como entidade única; são os ministérios que conduzem as contratações, logo, o documento deveria mencionar o Ministério das Finanças, responsável por tais processos.
Quanto às informações sobre a reunião realizada na Itália em 14 de junho pelo Grupo dos 7 (G7), onde se anunciou aprovação de significativo financiamento ao Grupo Carrinho, líder angolano no setor, para desenvolver o Corredor do Lobito, a fonte esclarece que não houve desembolso por parte do G7 até o momento.
Além disso, foi enfatizado que o Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, não participou da reunião e não teve influência nas decisões do G7.
Paralelamente, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, alertou na sua página do Facebook no domingo sobre a rápida disseminação de “fake news”, termo que em português significa “notícias falsas”. O governante destacou que essa prática compromete a veracidade dos factos, ameaça a estabilidade social e a confiança nas instituições, além de prejudicar a reputação do cidadão comum.
“As ‘fake news’ podem criar pânico e desinformar o público, especialmente em tempos de crise. No entanto, é cada vez mais crucial que cidadãos e profissionais da mídia adotem uma postura responsável e ética.
Os órgãos de comunicação têm um papel vital na verificação dos fatos e na disseminação de informações confiáveis. Reforçar o quadro legal para punir a disseminação de ‘fake news’ é necessário para proteger a integridade da informação sem comprometer a liberdade de expressão.
É urgente investir em campanhas de conscientização e educação para capacitar os cidadãos na identificação e combate à desinformação, especialmente aquelas disseminadas online, que frequentemente têm objetivos ocultos.”