Com tiros no ar agentes do SIC “espancam” Advogado.

Com um mandado de captura, supostamente forjado, cerca de 15 agentes dos Serviços de Investigação Criminal (SIC) agrediram “fortemente” um Advogado, enquanto fazia trabalho de campo, em companhia da sua cliente. O acto ocorreu em Luanda, na última sexta-feira, 18, no patriota.


Por Joaquim Paulo

Trata-se do Advogado Carlos Faz-tudo, que, há algum tempo tem acompanhado o “desmedido” desentendimento que envolve a Empresa de construção civil Genea Angola. Segundo as evidências, a referida empresa pretende, a todo custo, apropriar-se de um lote de terra pertencente à sua cliente, Victória Vicente.

Para os que presenciaram, foi um momento de “terror”. Os agentes do SIC fizeram recurso a arma de fogo, efetuaram vários disparos para intimidar e “escorraçar” todos que estiveram no espaço desde os seguranças, até os técnico de construção civil que erguiam imóveis no referido espaço.

Já o Advogado, depois de ter sido agredido e destruído o seu telemóvel, foi detido imediatamente em companhia da sua cliente.

Depois de tudo, os agentes do SIC instalaram um “ batalhão” de segurança privada no local, fortemente armados, que impediam a entrada de qualquer pessoa no local. Sabe-se que, no mesmo dia, os agentes do SIC fizeram-se acompanhar de uma providência cautelar revogada, sem, supostamente, qualquer respaldo jurídico.

“Mesmo exibindo a sua cédula profissional, agrediram o Advogado”, referiu um dos testemunhos que começou a discorrer sobre o que presenciou naquele dia. “O agente Anta, um clarinho, pertencente ao Departamento de Fraudes Financeiros, foi o mais agressivo”, acrescentou.

Nunca li nenhum processo sobre este litígio de terra”, palavras do Director Geral do SIC.

O Factos Diários contactou o Director Geral do SIC, Comissário-chefe António Bendje, que, sem “balbuciar”, afirmou não ter lido, nenhuma única vez, qualquer processo atinente ao litígio de terra que envolve a empresa Genea Angola e a cidadã Victória Vicente.

Sobre a suposta agressão do advogado, o Director disse que não houve agressão. “O advogado filmava com o telefone, enquanto os agentes faziam o trabalho. Foi isso que eles impediram”, acrescentou, para mais adiante questionar porquê que o Advogado teve que intervir no trabalho dos agentes.

O Factos Diários vai continuar acompanhar o processo, até estar consumado.

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