CASO CARTEIRA PROFISSIONAL: Jornalistas declaram guerra em Cabinda
Ultimatos e ameaças criam clima insustentável entre os profissionais da Comunicação Social na província de Cabinda. Jornalistas e Comissão da Carteira e Ética declaram guerra.
Por Joaquim Paulo
O clima não muito “católico” entre os profissionais da classe jornalística terá começado quando o representante da CCE na província de Cabinda, José Manel, exarou um suposto comunicado que reza o não exercício da profissão para aqueles que não tiverem, até aquela data, a situação da carteira acautelada.
O comunicado foi dirigido aos efectivos e colaboradores da Rádio Comercial de Cabinda. “Bom dia, colegas. Venho, por esta via, informar que terminou o prazo vacante para o exercício ilegal da profissão.
Deste modo, deverão todos os jornalistas da Rádio Comercial de Cabinda, com excepção de João Chico e Mateus Gonçalves, depositarem num prazo não superior a 7 dias, Sob pena de acção criminal”, escreveu José Manel, da CCE/Cabinda.
“Eu acho que a comissão de carteira e ética em cabinda está mais preocupada em fazer a imagem da Luísa Rogério. O colega Zé Manuel está ser um bom maestro em arrecadar dinheiro dos colegas jornalistas para no final da empreitada ganhar alguns elogios, vindo não sei de onde”, foi basicamente nesses termos que o Jornalista Mateus Gonçalves, começou por responder o comunicado de “Zé Manel” “Considero-me ter sido burlado um valor de 27 mil kwanzas”, acrescentou, para mais adiante dizer que o porco e o javali são as mesma coisas, isto é, o Sindicato e a Comissão da Carteira em cabinda dá na mesma.
João Chico, por seu turno, mostrou o seu descontentamento sobre o comunicado dizendo o seguinte: “Confesso que tenho défice interpretativo sobre o vosso verdadeiro papel, enquanto homens ligados a Comissão da Carteira ao nível da província de Cabinda, fruto de muitas debilidades funcionais observadas à vista desarmada”, disse.
Mais adiante, João Chico apelou o diálogo permanente entre a CCE e os Jornalistas, como também, chamou a atenção CCE para que cumpra com o seu devido papel. “Quando se trabalha com pessoas, o respeito é fundamental, confesso que, sinto-me desrespeitado por parte da comissão da carteira ao nível da província, pelo facto de até hoje apresentar incapacidade inadmissível de fornecer-me a carteira.
Recordo, há meses, que tenho a situação legalizada, inclusive sob pressão e associado a multas, curioso até ao momento ninguém se digna justificar os motivos”, palavras de João Chico.
LUÍSA ROGÉRIO TAMBÉM FOI CITADA
João Chico foi mais além, disse que ficou “abalado”, a alma ficou abalada quando, ocasionalmente, tentou recorrer à Luísa Rogério, no sentido de ver a situação ultrapassada, a resposta foi assustadora, segundo o mesmo, a presidente da Comissão da Carteira e Ética terá dito que já não se recordava de nenhum caso de carteira em Cabinda, ao passo que, na cerimônia de entrega, disse-o que a carteira havia ficado por falta da capa e que, logo que estiver em Luanda, a primeira coisa que fara seria mandar para o “Zé Manel.