Camponesas apresentam queixa-crime contra a cidadã Konda Marta

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Um grupo de camponesas apresentaram, no último dia 17 de Novembro, sexta-feira, queixa-crime contra a ex chefe, a Sra Konda Marta, por desonrar os compromissos até então estabelecidos com o colectivo de ex-trabalhadoras, na sua maioria com idade avançada.


Por Joaquim Paulo

Dentre outras questões, o documento que repousa na Procuradoria Geral da República junto do Serviço de Investigação Criminal-SIC, na província de Luanda, acusa a ex-sócia, com o nome da mesma empresa, de criar ‘entraves’ na resolução da contenda que já se estende por largos anos.

Por outro lado, o nome do Comandante do Talatona, Sub-comissário Joaquim do Rosário, continua a ser citado como aquele que mais faz ‘vistas grossas’ às terras das camponesas, pelo que, tem instrumentalizado a ex-sócia Konda Marta, assim como outros indivíduos atrelados aos órgãos do Estado, para distorcer o processo e deixar tudo ao seu favor, conforme alegam as lesadas.

“Fizemos a queixa contra a senhora Konda Marta porque a mesma não está a ser sincera”, palavra de uma camponesa que começou a discorrer sobre o processo da queixa. De acordo com a camponesa, a Konda Marta tem disseminado ‘inverdades’, como, por exemplo, a existência de apenas 30 camponesas no perímetro em causa. “Ainda assim, juntou-se ao Comandante Rosário para receber o pouco de terra que nos restou”, concluiu.

Por seu turno, o Director da Empresa, Daniel Neto, indignado com a situação, recordou que foi preso porque o Ministério Público terá alegado que o título de concessão de terra apresentado pela sócia Konda Marta, na altura, seria falso. O também Tenente-Coronel das Forças Armadas denunciou que agora é o mesmo documento, dado como falso, que o Comandante Rosário usa como ‘escudo’ para dizer que a cidadã Konda Marta é a proprietária legítima das terras em causa.

Ao terminar, Daniel Neto pôs em causa a soberania do povo e a autonomia dos órgãos do Estado pelo facto de muitos indivíduos, assim como o Comandante Rosário, ‘fazerem das suas’ sem serem punidos civil e criminalmente. Sublinhou, de igual modo, que as lutas seguirão, até que a verdade esplandeça.

Vale ressaltar que as queixosas foram, por fios anos, trabalhadoras agrícolas da cidadã Konda Marta, que nos anos de 1990, o Ministério da Agricultura, através da comissão liquidatária, adjudicou o espaço a mesma, através de um despacho devidamente reconhecido.

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