CACUACO FICOU ABANDONADO: Novo mapa deixa município sem Ensino Superior
A recente aprovação da nova divisão político-administrativa em Angola, que eleva Icolo e Bengo à categoria de província, deixou o município de Cacuaco sem instituições de ensino superior, despertando preocupações entre os cidadãos locais. As três instituições de ensino superior que antes pertenciam a Cacuaco agora fazem parte da nova província, especificamente no município do Sequele, comuna do Kifangondo.
REDAÇÃO DO FACTOS DIÁRIOS
Com a nova configuração do mapa político-administrativo de Angola, o executivo, através de uma proposta aprovada recentemente, elevou Icolo e Bengo, Moxico-Leste e Cuando à categoria de províncias. Esta medida, que visa descentralizar e melhorar a administração territorial, criou três novas províncias, dividindo a província de Luanda e resultando na reorganização dos municípios e comunas em todo o país.
Entretanto, uma consequência inesperada desta decisão foi a exclusão total do município de Cacuaco do acesso a instituições de ensino superior. As universidades privadas, incluindo o Instituto Superior Politécnico Internacional de Luanda (ISIA), o Instituto Superior Politécnico Kangonjo e o Instituto Superior Politécnico Intercontinental de Luanda, uma localizada no interior da centralidade do Sequele, e as outras no bairro da nova urbanização, agora pertencem oficialmente à nova província de Icolo e Bengo. Com isso, Cacuaco, que já não possuía instituições de ensino superior públicas, fica sem nenhuma opção para os estudantes que antes frequentavam essas instituições.
A comunidade local expressa profunda preocupação com esta situação, temendo que a ausência de ensino superior no município possa agravar a desigualdade educacional e limitar as oportunidades de formação para os jovens residentes.
A falta de infraestrutura educacional pode, ainda, gerar um êxodo de estudantes para outras províncias, enfraquecendo o desenvolvimento local e aumentando a pressão sobre as já limitadas instituições de ensino nas províncias vizinhas.
Este cenário é um reflexo das mudanças profundas que a nova divisão territorial está a trazer para o país, onde o processo de reorganização administrativa está a ser debatido e ajustado para minimizar os impactos negativos sobre as populações locais.