Bispo Alberto Segunda duvida da idoneidade do INAR e pede intervenção do Presidente Lourenço

A Igreja Universal do Reino de Deus, liderado por Bispo Alberto Segunda, realizou esta manhã uma conferência de imprensa no sentido de responder algumas incógnitas relacionadas com abertura dos templos.

Alberto Segunda disse que sempre acreditou nas instituições do Estado e reconhece o empenho que tem feito, mas tem dúvidas da idoneidade do Instituto Nacional dos Assuntos Religiosos. Em causa está a maneira que está sendo dirigido o processo da restituição dos bens que, no entender do Bispo, tem caris de favoritismo e não respeita as decisões saídas do Tribunal no dia 31 de Março do ano em curso.

Durante a conferência de Imprensa de Hoje, 19 de Abril, Bispo Alberto Segunda acusou o Director Adjunto do INAR, Ambrósio Micolo de se ter pronunciado de uma forma errada ao dizer que a sua instituição poderia efectuar a entrega dos bens apreendidos à liderança reconhecida pelo INAR.

Com o devido e merecido respeito, não cabe o INAR tomar tal decisão, pois, além dele estar suspenso e impedido de praticar actos sobre esse tema devido a uma providência cautelar de suspensão de eficácia que corre seus tramites na Câmara do Cível Administrativo, Fiscal e Aduaneiro do Tribunal Supremo, tais declarações violam direitos e atacam directamente centenas de missionários e milhares de fiéis da Universal de Cabinda ao Cunene”, disse Alberto Segunda.

ALBERTO SEGUNDA ENDEREÇA UM PEDIDO ESPECIAL AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE ANGOLA 

Tendo em conta as vicissitudes neste novo paradigma que a IURD vive, Bispo Alberto Segundo aguarda o pronunciamento especial do Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço para salvaguardar os interesses dos mais de 500 mil fiéis.

 “Pedimos que as autoridades constituídas, em especial ao nosso Executivo na pessoa do Presidente da República, que busquem uma solução definitiva, pois, não são somente as pessoas que estão sentadas aqui hoje que ficam prejudicadas que tem sofrido com essa situação, mas sim milhares de famílias que têm tidos os seus direitos de cultos cerceado”, disse o Bispo.

A conferência de imprensa terminou solicitando às autoridades policiais e administrativas que promovam respeito a convicção de fé sem que haja violência ou turbulência contra os fiéis e oficiais da Igreja, “uma vez que do juízo contido no acórdão, resulta que os templos não constituíram instrumento para a prática de qualquer crime e, por conseguinte, a apreensão tornou-se desnecessária, por isso, dá abertura dos mesmos”, rematou.