BELAS-QUINGUELA: Governador de Luanda acusado de mandar demolir mais de 700 casebres dos antigos guardas de Neto em benefício pessoal
15/20 custa até 3 milhões de kwanzas num solo ofertado pelo primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto para os seus guardas “Esquadrão Cazombo”. Os lotes do Jardim de Belas têm supostamente a mão visível do Governador de Luanda, Manuel Homem que, segundo os proprietários da zona foi o número 1 que orientou a demoção de mais de 700 Casebres.
REDAÇÃO DO FACTOS DIÁRIOS
O espaço localizado no Bairro Bita, Distrito Urbano de Quinguela, município de Belas, conforme espelha o documento de Kundi Paihama enquanto Ministro da Defesa, antigos Combatentes e Veteranos da pátria, datado no dia 20 de Novembro de 2013, fez saber ao então Secretário-Geral do MPLA, Dino Matrosse, que em 1975, sob liderança de Agostinho Neto, foram entregues aos guerrilheiros do MPLA que compunham o Esquadrão Cazombo as terras localizadas no Bita-Tanque e Ramiros, para ali coabitarem e, mais tarde, juntarem-se a estes os compatriotas do Congresso Nacional-Africano que lutavam pela libertação da África do Sul, tendo aí construído estruturas administrativas e logísticas de apoio à guerrilha.
João Martins Mukonda, Vice-presidente do Bita Crescer, conta que a zona se tornou o menino de olho do governador de Luanda e seus auxiliares onde os mesmos vendem terrenos aos estrangeiros, sobretudo chineses e, com o lançamento da primeira pedra do projecto habitacional “Jardim de Belas” testemunhado pelo Manuel Homem é hoje uma fonte de arrecadação de fundos porque, segundo contam, os três milhões de Kwanzas cobrados num espaço de 15/20 não são depositados nos cofres do Estado.
O documento de Paihama esclarece que “por decisão política da Direcção do MPLA, bem como por orça do despacho Presidencial nº 19/07 de 16 de Novembro de 2007, a titularidade das parcelas ora mencionadas, passaram para o domínio dos antigos Combatentes e veteranos da Pátria”.
A destruição das casebres que ocorreu no dia 23 de Fevereiro deste ano, leva muitos antigos guerrilheiros e viúvas de guerrilheiros a lamentarem e solicitam a intervenção de todos na solução dos problemas.