Angola reage à lista cinzenta do GAFI: Governo assegura que não terá impacto no sistema financeiro
Em resposta à inclusão na “monitorização reforçada” do GAFI, Unidade de Informação Financeira garante que a economia angolana continua robusta e que plano de acção está em andamento.
Por Feliciano Jacinto
O Governo angolano desmente rumores e reafirma a segurança do seu sistema financeiro após o país ter sido colocado na chamada “lista cinzenta” do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI), o que implica uma monitorização reforçada das práticas financeiras nacionais.
Gilberto Capeça, responsável da Unidade de Informação Financeira (UIF), garantiu que essa classificação não é uma medida punitiva e que não afeta diretamente o sistema bancário de Angola, que continua “robusto e estável”.
O anúncio da inclusão de Angola na “lista cinzenta” foi feito recentemente por Elisa de Anda Madrazo, presidente do GAFI, que destacou que o objectivo é orientar o país para o cumprimento de normas mais rígidas contra o branqueamento de capitais e o financiamento ao terrorismo.
Capeça reforçou que o Governo angolano já implementou entre 50% e 60% das 17 medidas solicitadas pelo GAFI, sublinhando que estas não envolvem sanções financeiras e que o país está comprometido em corrigir todas as deficiências técnicas identificadas.
Após uma reunião na Bélgica com representantes do GAFI, Angola mostrou progressos significativos no cumprimento das exigências do organismo.
Segundo Capeça, o sistema financeiro angolano foi bem avaliado e não está diretamente afetado pelas questões em análise, que se focam na estrutura de prevenção e combate a crimes financeiros.
Ele assegurou que “não há necessidade de um plano B” e que as ações já implementadas são suficientes para Angola sair da lista de monitorização reforçada.
Com um plano de ação estipulado para os próximos dois anos, a UIF promete reforçar a conformidade técnica e a aplicação das leis de prevenção de crimes financeiros, reafirmando a confiança no sistema financeiro e o empenho do país em aderir às normas internacionais.