Angola apresenta relatório forjado à ONU sobre inclusão da pessoa com deficiência no país

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Um grosso de pessoas com deficiência física, residentes na província de Luanda e não só, alegam ser falso o relatório apresentado pela delegação angolana ao Comité dos Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência, órgão atrelado a Nações Unidas. Por esta e outras razões, manifestaram-se junto do Governo Provincial de Luanda, no último dia 27 de Março, para dizer basta a exclusão social.


Por Joaquim Paulo

Através de uma Comissão Inter-sectorial de Elaboração de Relatórios Nacionais de Direitos Humanos, Angola participou, no dia 8 de Março do ano em curso, no Comité dos Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência da ONU, em Genebra, capital da Suíça, onde ´discutiu´ e apresentou relatórios atinente a problemática do processo de inclusão da pessoa com deficiência física. Para muitos, sobretudo a classe em causa, dizem ser forjado os relatórios, pelo que, segundo os mesmos, não tidos, nem achados.

”Tem surgido em Angola novos desafios que tem levado o Governo adoptar uma postura mais institucional de interação, aproximação e inclusão com todos os intervenientes, visando criar políticas e estratégias para que, de forma  coerente, concertada e global continuar a desenvolver acções que garantam maior e melhor inclusão da pessoa com deficiência nos vários domínios”, palavras da a secretária de Estado da Família e Promoção da Mulher, Alcina Cunha Kindanda, porta voz da delegação.

Ao discorrer no acto de conclusão do relatório, a secretária de Estado falou aos presentes no certame que angola alcançou melhorias em relação ao processo de inclusão social para as pessoas com deficiência. No âmbito da empregabilidade, segundo Alcina Kindanda, 245 pessoas com deficiência foram enquadradas no plano de acção para a promoção de empregabilidade, beneficiando-se de micro créditos para o desenvolvimento de actividades geradoras de rendas. No domínio da habitação, continuou a secretária, foram construídas 14 projectos habitacionais que beneficiaram 900 pessoas com deficiência e que as pessoas com deficiência em Angola têm acesso gratuito a formação e ao trabalho.

“Tudo mentira, não somos tidos ne achados”, gritam os portadores de deficiência física.

“Fez-se um relatório falso ou enganador na ONU, que nós, pessoas com deficiência, temos direito a casa, crédito bancário e outras assistências sociais. Tudo é mentira, porque aqui a exclusão é muito violenta”, foi basicamente nesses termos que um diminuído físico, ouvido pelo Factos Diários, começou a ´desconstruir´ o relatório em causa. “Por isso que nos reunimos ao pé do Governo Provincial de Luanda, afim de realizarmos uma vigília”, continuou, para depois acrescentar que foram reprimidos pela Polícia Nacional.    

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