ALGUÉM VIU A POLÍCIA POR AÍ? Grupos armados abordam taxistas e roubam a céu aberto

Um grupo de jovens não identificados, espalhados nas principais ruas do bairro Malueca e Kalawenda, aproveitam-se da falta de policiamento e  do mau estado das vias para realizar assaltos aos peões e, sobretudo, aos taxistas e os seus passageiros. Segundo constatou o Factos Diários numa ronda efectuada esta semana naqueles “pedaços” de Luanda.


Por Joaquim Paulo

Os moradores das referidas localidades encontram-se alarmados devido a “praga” de assalto a mão armada que tomou o bairro. Segundo os mesmos, as acções são protagonizadas por um suposto grupo de marginais espalhados em várias artérias do bairro. Os malfeitores, segundo os moradores, fazem das suas durante o dia, interpelando tudo e todos, principalmente os taxistas.

Por conta do mau estado da principal via que liga o mercado do Kicolo à Avenida Deolinda Rodrigues, passando pelos bairros das Bananeiras, no Cazenga, e Malueca, em Cacuaco, os taxistas circulam no interior dos bairros como alternativa para chegar ao Mercado do Kicolo e arredores.

Não havendo mais outra via próxima, os que sobrevivem carregando pessoas e bens, arriscam as suas vidas todos os dias, passando na “quebrada” dos marginais.

No Kalawenda, Quarteirão 19, Zona 41, nas mediações da Igreja Bom Deus, os assaltos são de tirar o fôlego, todos passam pelo crivo dos marginais, desde os moradores, taxistas até os passageiros.

A voz do lamento

O Factos Diários ouviu na primeira pessoa, as vítimas relatam sobre o cenário todo. “Só não perdi a vida por que Deus estava comigo”, foi nesses que um taxista de 37 anos, que preferiu o anonimato, começou a nos contar sobre o assalto que sofreu no último sábado, 22, no Kalawenda. “Ameaçaram-nos com uma arma, faca, garrafas e outros objetos cortantes”, acrescentou o taxista, para dizer que se não entregassem os seus pertences perderiam a vida.

Emiliano Pedro, morador do bairro Malueca, disse que o bairro já não inspira segurança, os marginais começam a perturbar os moradores desde às primeiras horas do dia até a meia noite. “Não conseguimos sair muito cedo de casa, nem tão pouco entrarmos tarde, é muita insegurança”, afirmou o morador.

Os taxistas e os moradores pedem a intervenção imediata dos órgãos de defesa segurança naquelas localidades, antes que situações mais sinistras acontecem.

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